Alta demanda

Preço do ovo dispara e atinge níveis recordes, com alta de 45% na Grande São Paulo

Tendência de preços elevados deve continuar pelo menos até a Quaresma, aponta Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)

Ovo - preço do ovo
Reprodução

O preço do ovo no Brasil atingiu níveis recordes nas cinco regiões monitoradas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), impulsionado pela baixa oferta e aumento da demanda em 2025. Na Grande São Paulo, o valor da caixa com 30 dúzias subiu 45,2% para os ovos brancos e 46,2% para os vermelhos desde janeiro, chegando a R$ 220,13 e R$ 251,55, respectivamente.

Além de São Paulo, o aumento dos preços foi registrado em Bastos (SP), Grande Belo Horizonte (MG), Recife (PE) e Santa Maria de Jetibá (ES).

Em Belo Horizonte, os ovos brancos já superam os R$ 250, enquanto em Santa Maria de Jetibá, um dos principais polos produtores do país, o ovo vermelho chegou a R$ 264,21.

O Cepea explica que a tendência de preços elevados deve continuar pelo menos até a Quaresma, período no qual o consumo de ovos costuma aumentar devido a restrições alimentares ligadas à tradição religiosa.

Além disso, a gripe aviária nos Estados Unidos (EUA) tem pressionado o mercado global.

Para conter a doença, os produtores norte-americanos sacrificaram 41 milhões de aves entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, o que reduziu a produção e elevou a demanda internacional por ovos, o que reflete diretamente no Brasil.


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Impacto no governo Lula

A disparada nos preços do ovo já começa a ser explorada pela oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O tema ganhou força após declarações polêmicas do petista no início de fevereiro, quando afirmou que os brasileiros deveriam deixar de comprar produtos que julgassem caros.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também fez um comentário semelhante em janeiro, sugerindo que consumidores substituíssem a laranja, cujo preço bateu recordes, por outra fruta.