
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) da indústria nacional recuou 0,12% em fevereiro frente a janeiro, e encerrou uma série de doze meses consecutivos de altas.
No acumulado de doze meses, porém, o IPP segue em alta de 9,4%. No ano, o indicador registra leve alta de 0,030%. Os dados também foram divulgados nesta quarta-feira, 9 de abril, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Assim como nos últimos meses, o resultado do IPP em fevereiro foi impactado pela variação cambial. (…) Ao mesmo tempo, o câmbio também tem ajudado a explicar as altas recentes do índice nos últimos meses e, se olharmos no acumulado em doze meses, o dólar em fevereiro de 2025 ainda estava 16,10% acima do patamar de fevereiro de 2024, uma das explicações para a alta acumulada nesse período“, afirma Murilo Alvim, gerente do IPP.
Dentre as 24 atividades pesquisadas, 12 apresentaram queda nos preços.
As maiores influências vieram de refino de petróleo e biocombustíveis (0,24 p.p.), alimentos (-0,21 p.p.), outros produtos químicos (0,19 p.p.) e indústrias extrativas (-0,16 p.p.).
Entre os setores com maior variação percentual estão: indústrias extrativas (-3,39%), outros equipamentos de transporte (-2,76%), outros produtos químicos (2,41%) e refino de petróleo e biocombustíveis (2,37%).
O setor de alimentos, que registrou -0,84% em fevereiro, acumula queda de 1,70% no ano, mas apresenta alta de 13,96% em doze meses. “É a segunda queda consecutiva de preços em alimentos, que acontece após uma sequência de nove altas consecutivas. (…) Como esses produtos são exportáveis, a variação cambial também ajuda a explicar esses resultados“, analisa Alvim.
No recorte das grandes categorias econômicas, a variação de preços entre janeiro e fevereiro foi de -0,76% em bens de capital, -0,090% em bens intermediários e -0,040% em bens de consumo.
Dentro dessa última categoria, os bens de consumo duráveis subiram 0,35%, enquanto os semiduráveis e não duráveis recuaram 0,110%.