Economia

Produção industrial recua 0,5% em abril após dois meses em alta, diz IBGE

No acumulado do ano, o setor cresceu 3,5%

Fábrica de produtos químicos Braskem. Maceió (AL) 22.11.2012 – Foto: José Paulo Lacerda
Fábrica de produtos químicos Braskem. Maceió (AL) 22.11.2012 – Foto: José Paulo Lacerda

A produção industrial recuou 0,5% na passagem de março para abril, numa interrupção de dois meses consecutivos de crescimento, período em que acumulou expansão de 1,0%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (5).

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM).

Com esses resultados, o setor ainda se encontra 0,1% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 16,8% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

No acumulado do ano, o setor industrial cresceu 3,5%.

Na comparação com abril de 2023, houve avanço de 8,4%.

Em doze meses, a indústria acumula expansão de 1,5%. 

Apesar da taxa da indústria geral estar no campo negativo, existe uma predominância de resultados positivos, com três das quatro categorias econômicas e dezoito dos vinte e cinco ramos industriais em expansão na produção.

Entre as atividades, a influência negativa mais importante veio das indústrias extrativas, que recuaram 3,4% nesse mês, após avançarem 0,4% em março.

Outras contribuições negativas relevantes vieram de produtos alimentícios (-0,6%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,6%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,6%).

“Entre os segmentos que mostram recuo na produção, há alguns com pesos importantes, como o setor extrativo, que recuou 3,4% nesse mês, devido à queda na produção tanto do minério de ferro como do petróleo; além do setor de alimentos, que também teve queda de 0,6% em abril”, analisa André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal.

“Esses dois setores representam cerca de 30% da estrutura industrial. Isso sem falar de outras atividades importantes e que assinalaram taxas negativas nesse mês, como, por exemplo, derivados de petróleo e biocombustíveis e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos. Mesmo com poucas atividades mostrando recuo na produção, essas por conta de seus pesos, pressionam o total da indústria para o sinal negativo”, completou.