
A partir da próxima segunda-feira (31), os preços de remédios em todo o Brasil poderão ser reajustados em até 5,06%. O percentual, definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), funciona como teto máximo para os aumentos praticados pelas farmacêuticas.
A resolução que autoriza o reajuste ainda aguarda publicação oficial no Diário Oficial da União (DOU) e depende apenas da assinatura do conselho de ministros.
Nem todos os remédios terão aumento máximo
Embora o percentual máximo autorizado seja de 5,06%, integrantes do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacam que a média dos reajustes deve ficar em torno de 3,8%, a menor desde 2018.
Essa média considera três segmentos de mercado: o concentrado, o intermediário e o de maior concorrência. Outro ponto importante: o aumento não vai ser automático, ou seja, não significa que todos os medicamentos sofrerão reajustes imediatamente.
Regras e critérios para o reajuste
O reajuste atinge a maioria dos medicamentos com preços regulados no País. Alguns medicamentos, no entanto, possuem preços livres.
Farmácias e fabricantes poderão repassar o aumento de até 5,06% de forma integral ou de maneira escalonada ao longo do ano. Porém, até março de 2026, nenhum reajuste pode superar esse teto.
A Cmed determina o percentual de aumento ao considerar fatores como a inflação acumulada dos últimos doze meses (IPCA), a produtividade das indústrias, variações cambiais, tarifas de energia elétrica e o nível de concorrência do mercado.
Em 2024, o teto de reajuste foi de 4,50% – o menor desde 2020, e seguiu a inflação acumulada de 12 meses até fevereiro.