O já conhecido Relatório Focus, elaborado pelo Banco Central, apresenta semanalmente o resultado de uma pesquisa com 120 instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos. Entretanto, ele representa a mediana dessas estimativas. Mas, quando se fala na taxa básica de juros, a Selic, a fórmula é a mesma.
“Boletim Focus é o principal relatório do mercado para tentar prever o futuro da economia brasileira, entretanto, sua metodologia é baseada na mediana, o que torna difícil saber qual a probabilidade real atribuída pelo mercado para aquela previsão”, afirma Felipe Uchida, head do departamento de análises quantitativas e sócio da Equus Capital.
Agora, a Equus Capital realiza o Índice Equus de Precificação da Selic (IEPS). Através da coleta e tratamento de dados através de Inteligência Artificial (I.A), é possível estimar a probabilidade indicada pelo mercado de alteração para a próxima reunião do Copom.
“Analisando os dados, vemos que a probabilidade de corte indicada pelo IEPS, neste momento, é de 93,6%. Vale lembrar que, no dia anterior a última reunião do Copom, o mercado indicava uma probabilidade 93,5%”, afirma Uchida.
Nesta semana, houve aumento de quase 30% no número de contratos em aberto no mercado de opções de Copom, passando de 16.362 para 21.175.
"Na última semana, tivemos movimentos importantes nas políticas monetárias dos EUA e do Brasil. O Federal Reserve manteve as taxas de juros estáveis, entre 5,25% e 5,50%, sinalizando cautela na desinflação, mas a coletiva de imprensa do presidente Powell trouxe otimismo, impulsionando os mercados americanos, com o S&P 500 tendo sua melhor semana em 2024. Já no Brasil, o Copom cortou a Selic em 0,50 ponto percentual para 10,75%, ajustando sua comunicação para indicar mais cortes futuros, um movimento que reflete uma postura mais decisiva frente à conjuntura econômica. Essas decisões destacam a importância dos próximos dados de inflação e atividade econômica para as tomadas de decisão dos bancos centrais”, explica.
Para Felipe, o ciclo de corte de 0,5% pode estar chegando ao fim. O executivo ressalta que o último dado de inflação (IPCA) veio acima do esperado e acendeu uma luz amarela no mercado.
"A inflação do mês de março e abril, assim como a minuta da última reunião do FED, serão determinantes para o Banco Central manter ou tirar o pé do acelerador. Felizmente, o Bacen já deixou claro que não cederá a nenhuma pressão política e continuará tomando decisões estritamente com base técnica", ressalta Felipe Vasconcellos, sócio da Equus Capital.
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