Nesta terça-feira, 24 de setembro, a vice-presidente de habitação da Caixa Econômica Federal, Inês Magalhães, declarou que, mesmo após o recente aumento na taxa Selic, o banco não planeja aumentar sua taxa de financiamento imobiliário para pessoas físicas.
Magalhães destacou que a instituição oferece taxas inferiores a 10% ao ano, que podem chegar a 9,30% para clientes que já possuem um relacionamento estabelecido com o banco.
Orçamento para crédito imobiliário
Em sua fala, Inês Magalhães revelou que o orçamento deste ano para crédito imobiliário pode alcançar R$ 70 bilhões.
De acordo com a executiva, essa quantia não necessita de ajustes nas taxas de juros, pois já foi precificada.
O mix de recursos utilizados para esses financiamentos consiste em 70% provenientes de poupança e 30% de Letras de Crédito Imobiliário (LCI).
Magalhães enfatizou que a Caixa prioriza a destinação desse orçamento para atender pessoas físicas.
Com a Selic em alta, novos desafios se impõem no cenário atual para o crédito imobiliário
A vice-presidente de Habitação do banco participou de um painel no Incorpora, um fórum promovido pela Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), que ocorreu em São Paulo.
Durante o evento, ela abordou a importância da acessibilidade ao crédito imobiliário e os desafios enfrentados pelo setor.
Magalhães mencionou que a Caixa dialoga com o Ministério da Fazenda para discutir ações que visem aumentar a disponibilidade de recursos para o financiamento imobiliário.
Redução dos prazos de vencimento do LCI, em meio à alta da Selic
Uma das propostas em discussão seria a redução dos prazos de vencimento das LCIs, que atualmente estão em nove meses, mas já foram de noventa dias.
Essa mudança visa aumentar a liquidez dos recursos disponíveis para o financiamento imobiliário, e facilita o acesso ao crédito para os consumidores.
Estratégias de captação de recursos
Além disso, a Caixa considera uma nova estratégia para a captação de recursos, que envolve fundos de previdência.
A ideia seria desenvolver um novo tipo de papel de longo prazo que seja atrativo para esses fundos, e ampliar assim as fontes de recursos para o financiamento imobiliário.
As informações são do jornal Valor Econômico.