Revisão de gastos

Simone Tebet anuncia novas medidas para contenção de gastos públicos e diz: "não é fácil em um país com tantos desafios"

Simone Tebet anuncia novas medidas para contenção de gastos públicos e diz: "não é fácil em um país com tantos desafios"

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta terça-feira (22) que o governo federal está prestes a apresentar um conjunto de iniciativas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltadas para a contenção de gastos públicos. 

Ela relevou os planos durante uma entrevista ao Atlantic Council em Washington, onde destacou a necessidade de reavaliar as despesas governamentais. 

Simone quer revisão estrutural para sustentabilidade fiscal 

Tebet afirmou que o pacote de medidas deve ser entregue ainda este ano.  

“Vamos entregar em breve ao presidente Lula, ainda este ano, um pacote de medidas para a contenção de gastos, que se refere à qualidade desses gastos, para que a gente possa ter sustentabilidade da dívida pública”, declarou.  

A ministra destacou que a revisão é para que o Brasil “possa ter sustentabilidade da dívida pública como forma de termos juros mais baixos e tornar o ambiente de negócios do Brasil mais atrativo”.  

Simone já havia mencionado em entrevista anterior, no dia 15, que “chegou a hora de levar a sério” a revisão de gastos públicos.  

Segundo Tebet, a proposta inclui a identificação de políticas públicas ineficientes que poderiam liberar um espaço fiscal significativo, estimado em até R$ 20 bilhões. 

Desafios da gestão fiscal 

Simone Tebet reconheceu que a tarefa não será simples, especialmente em um governo de frente ampla, onde diferentes visões sobre o desenvolvimento econômico se encontram. “Não é fácil em um país com tantos desafios”, afirmou a ministra.  

“Não é fácil em um governo de frente ampla, onde eu sou mais fiscalista e o governo como um todo mais desenvolvimentista, mas está chegando a hora, e eles têm consciência, da revisão estrutural”.  

O cenário econômico atual também foi abordado por Tebet, que elogiou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação controlada.  

No entanto, ela sublinhou que os altos juros permanecem como o maior obstáculo para atrair investimentos estrangeiros.