Regulamentação avança

Cashback, isenção de 60% para carnes e nanoempreendedores: veja principais pontos do texto que regulamenta a reforma tributária

Existe a expectativa de que a urgência e o texto sejam votados na próxima semana, antes do início do recesso parlamentar, programado para 18 de julho

Vista aérea da Esplanada dos Ministérios em Brasília-DF, localizada no Eixo Monumental, via que corta o Plano Piloto no sentido leste-oeste
Vista aérea da Esplanada dos Ministérios em Brasília-DF, localizada no Eixo Monumental, via que corta o Plano Piloto no sentido leste-oeste

Na proposta de regulamentação da Reforma Tributária, a carne foi excluída da relação de produtos da cesta básica com isenção total de tributos, como determinou o grupo de trabalho (GT) de parlamentares que se debruçaram para a elaboração do texto.

O relatório mantém a isenção de 60% para proteína animal, como originalmente proposto pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Apesar do presidente defender a isenção completa, o grupo argumentou que isso impactaria a alíquota de referência do IVA, fixada em 26,5%.

Uma alternativa sugerida foi priorizar o cashback para beneficiar a população de baixa renda.

Segundo Cláudio Cajado, membro do grupo, historicamente a carne nunca esteve isenta de tributos.

Embora a carne não esteja isenta, outros produtos foram adicionados à lista, como itens relacionados à saúde menstrual: absorventes, tampões e coletores menstruais.

Além disso, BETs e carros elétricos foram incluídos no Imposto Seletivo, conhecido como Imposto do Pecado, com tributação mais elevada devido aos impactos na saúde e no meio ambiente.

Caminhões foram excluídos por serem essenciais ao setor produtivo.

Bebidas alcoólicas terão tributação graduada de acordo com o teor alcoólico, enquanto armas, apesar de terem sido inicialmente incluídas na proposta pelo Senado Federal, foram excluídas e aguardam decisão do Plenário.

Uma novidade trazida pelo relatório foi a figura do nanoempreendedor, que isenta aqueles com receita anual de até R$ 40.500, como destacou o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG).

Existe a expectativa de que a urgência e o texto sejam votados na próxima semana, antes do início do recesso parlamentar, programado para 18 de julho.