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Alupar (ALUP11), C&A (CEAB3) e Rumo (RAIL3): veja as novas recomendações da XP para as ações

C&A (CEAB3) e Rumo (RAIL3) foram revisadas e Alupar (ALUP11) passou a ser coberta recentemente por equipes da XP Investimentos

- Divulgação
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Às 11:14 desta quarta-feira (29), as ações de Alupar (ALUP11) e C&A (CEAB3) subiam 0,27% e 0,88%, aos preços de R$ 25,58 e R$ 2,30, respectivamente, enquanto os papéis de Rumo (RAIL3) perdiam 0,79%, ao valor de R$ 16,23 por unidade.

Em comum, C&A (CEAB3) e Rumo (RAIL3) foram revisadas e Alupar (ALUP11) passou a ser coberta recentemente por equipes da XP Investimentos.

Alupar (ALUP11)

De acordo com a XP, a companhia possui um portifólio composto por linhas de transmissão e uma pequena parcela de ativos de geração com contratos de longo prazo e seguro para risco hídrico.

Essa característica de fluxo de caixa estável e protegido da inflação permite aos analistas Herbert Suede e Maíra Maldonado comparar a Alupar com seus pares Taesa (TAEE11) e Isa Cteep – Transmissão Paulista (TRPL4), que negociam com taxas de retorno (TIRs) implícitas muito mais baixas.

Diante desse cenário, veem ALUP11 como um nome atrativo, com uma TIR real de 10,5%, além de uma promissora melhora no dividend yield para os próximos anos, após o fim do recente ciclo de capex intensivo da companhia.

Por isso, a cobertura de Alupar (ALUP11) foi iniciada com uma recomendação de compra, em um preço-alvo de R$ 29,00 por ação – potencial de valorização de 12,40% sobre os valores atuais (R$ 25,80).

C&A (CEAB3)

Já para a C&A (CEAB3), os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt foram menos otimistas, após reunião com o VP de Operações da C&A (Sr. Fernando Brossi), Diretor de Expansão (Sr. Ciro Neto) e CFO (Sr. Milton Lucato).

Na ocasião, a XP se inteirou da atualização de várias frentes estratégicas: C&A Pay, Whatsapp, Expansão e outras.

Os principais pontos da reunião foram:

i) cenário macro realmente desafiador, mas o crescimento está em linha com as expectativas da empresa;

ii) o C&A Pay em aceleração mais rápida do que o esperado, com efeitos promissores na operação de varejo; e

iii) desaceleração na abertura de lojas no curto prazo, enquanto o WhatsApp se mostrou uma alavanca transformacional e estratégica para o negócio.

Em razão de premissas de custo de capital mais elevadas e uma perspectiva macroeconômica mais difícil, a XP manteve sua recomendação neutra para C&A (CEAB3), com preço-alvo de R$ 3,50 por ação (com corte, de R$ 8,00 anteriormente) – potencial de valorização de 42,86% sobre os valores atuais (R$ 2,45).

Rumo (RAIL3)

E, por fim, a Rumo (RAIL3) agrada e muito a XP, de acordo com um relatório dos analistas Lucas Laghi e Pedro Bruno.

Eles elencaram cinco motivos para a performance da companhia, que segue acima do mercado.

1. Redução do risco de safra no Mato Grosso

Enquanto as exportações de soja do estado se mostraram fortes durante o 1S22, houve uma preocupação do mercado com as exportações de milho para o 2S22 devido às condições climáticas até abril/maio.

As interações mais recentes da XP com especialistas, no entanto, sinalizaram que esse risco foi amenizado devido às condições positivas do solo, que mais do que compensaram a intensidade de chuva não ideal (a CONAB agora estima 41 milhões de toneladas).

2. A China suspendeu as restrições à importação de milho do Brasil

Enquanto o Brasil exporta a maior parte de sua produção de soja (61% em 2021) e a maior parte para a China (70% das exportações de 2021), as exportações de milho apresentam uma dinâmica diferente (aproximadamente 30% é exportado, sem relevância para a China, devido a restrições alfandegárias).

No último dia 25 de maio, no entanto, a autoridade alfandegária da China assinou um acordo com o Brasil que levantava as restrições à importação de milho.

Laghi e Bruno acreditam que tal medida possa impactar positivamente a demanda já no 2S22.

Dois motivos, ao ver da XP, contribuíram para essa decisão:

(i) restrições de oferta após a crise Rússia/Ucrânia; e

(ii) quebra recente da safra de milho dos EUA (um importante fornecedor da China).

3. Cosan day (nenhuma notícia é notícia boa)

Antes do evento, Laghi e Bruno dizem ter notado que os investidores estavam preocupados que o guidance recente mais baixo para 2022 pudesse implicar em revisões para baixo no longo prazo.

Tal preocupação, no entanto, não se concretizou, pois a empresa manteve o guidance para 2025 inalterado, e reiterou expectativas positivas para a partir de 2023.

4. A MRS assinou sua renovação antecipada

Incluído no contrato recém-assinado da MRS, há:

(i) uma nova tarifa de “direito de passagem” significativamente menor, que implica em redução de opex (e melhoria de EBITDA) de aproximadamente R$ 160 milhões/ano para a Rumo, e

(ii) compromissos de capex que devem melhorar a eficiência operacional da Rumo.

5. Licenciamento do projeto LRV aprovado antes do esperado. 

Veem, por último, como positiva a aprovação do licenciamento da implantação do projeto LRV (Lucas do Rio Verde) no último dia 13 de junho, pois ocorreu antes do previsto (previamente esperado para o 4T22) e permite que a Rumo inicie efetivamente as obras. 

A XP mantém recomendação de compra para Rumo (RAIL3), com preço-alvo de R$ 22,00 – potencial de valorização de 16,5% sobre os valores atuais (R$ 18,88).