Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – O balanço da Azul (SA:AZUL4) sobre o primeiro trimestre de 2021 foi considerado positivo pelo Goldman Sachs (NYSE:GS), que destaca os resultados do EBITDA da companhia aérea.
A empresa já mostra números superiores aos da pré-pandemia, mas ainda precisa mostrar se será capaz de repassar os seus custos mais altos aos clientes, aponta o banco.
Às 14h14, as ações da Azul caíam 3,36%, a R$ 18,98.
O EBITDA ajustado da Azul ficou em R$ 593 milhões, cerca de 28% acima das expectativas do Goldman Sachs, enquanto a receita líquida subiu 26% em comparação com o 1T19.
O banco explica que isso foi resultado das receitas unitárias mais fortes, que já estão 15% acima dos níveis pré-pandemia.
O CASK ajustado ficou 30% acima na mesma base de comparação. Mas se as despesas descosiderarem os gastos com combustível, o CASK seria 18% maior do que o período pré-crise.
Para o Goldman Sachs, a alta nos custos foi um reflexo da depreciação do real e da inflação.
A liquidez imediata da Azul, que leva em conta o caixa, os investimentos de curto prazo e as contas a receber, fechou o 1T21 em R$ 3,3 bilhões. Já a dívida líquida da companhia somou R$ 18,2 bilhões.
A Azul também atualizou o seu guidance para 2022, que projeta um Ebitda de R$ 4 bilhões, com ASKs aproximadamente 10% acima dos patamares de 2019 e um RASK 20% superior ao período pré-crise.
Para o Goldman Sachs, isso indica a racionalidade do mercado, com um dos principais players desacelerando o crescimento para ajustar as tarifas mais altas para compensar os custos mais altos de combustível.
O Goldman Sachs enxerga a possibilidade da Azul surpreender ao longo do ano, uma vez que há tendência positiva para o crescimento da receita da companhia, caso ela se mostre capaz de repassar os custos.
Ainda assim, o banco mantém uma indicação neutra sobre as ações da empresa, com um preço-alvo de R$ 30,20.