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Banco Inter (BIDI11): veja o que Bradesco BBI, BTG e UBS recomendam para a ação após balanço 1T22

O banco digital reportou um lucro líquido consolidado de R$ 27,4 milhões no primeiro trimestre de 2022, uma expansão de 31,8% em um ano

- divulgação
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Às 14:25 desta terça-feira (17), as units do Banco Inter (BIDI11) subiam 2,59%, ao preço de R$ 15,83 cada. O movimento sucede a divulgação do balanço do primeiro trimestre da companhia informado na véspera (16).

O banco digital reportou um lucro líquido consolidado de R$ 27,4 milhões no primeiro trimestre de 2022, uma expansão de 31,8% em ganhos na comparação com o mesmo período do ano passado.

Esse resultado, de acordo com o BTG, foi auxiliado por:

  • (i) R$ 34 milhões de resultados não operacionais, principalmente relacionado à parcela variável da aquisição da participação da Wiz no Inter Seguros; e
  • (ii)  um ganho fiscal de R$ 26 milhões. Ajustado para isso, os números ficariam muito próximos do que o BTG projetava em seu modelo.

Para o banco, apesar da receita de juros (NII) ter sido apurada abaixo das estimativas, a receita ainda veio em linha, ajudada pela receita de serviços. O opex também foi um pouco melhor do que o esperado, alegam os analistas.

Impulsionadas pelo aumento das inadimplências (pré-reportados no mês passado), as provisões aceleraram, o que pressionou o ROE, pontua o banco.

No geral, o BTG acredita que foi um trimestre neutro para a ação e a rentabilidade continua sob pressão, como esperado. 

O BTG diz ver o Inter como uma das melhores plataformas para pessoas físicas do país, com um marca forte e bastante capaz de atrair grandes somas de depósitos, diversos produtos e um ótimo UX (experiência do usuário).

Assim, o BTG reiterou sua classificação de compra para BIDI11, com preço-alvo de R$ 30,00 para o fim de 2022, pois acredita que um P/VP de 1,6x mais recente seja atraente para uma franquia tão forte.

No entanto, ainda tem dificuldade em imaginar um re-rating se o Inter não mostrar sinais claros de monetização. Mas o BTG elenca algumas soluções:

  • Isso poderia ser feito, por exemplo, com o aumento das taxas de juros de empréstimos, como no produto de cartão de crédito rotativo (que o BTG acredita já estar em ocorrência), que historicamente carrega taxas muito abaixo do mercado; ou
  • Com a indicação de um crescimento esperado decente em empréstimos de crédito sem garantia. 

Em suma, o Inter precisa mostrar aos investidores como seu modelo de negócios pode aproveitar a alavancagem operacional, diz o BTG, que confessa acreditar que a empresa tem a capacidade de fazer.

Já para o Bradesco BBI avalia que o mercado deve enxergar os resultados do Inter como negativos e diz ser desafiadora a meta de R$ 190 milhões de lucro líquido para o ano inteiro, como projeta o consenso de mercado.

Analistas ressaltam a preocupação de agentes com a rentabilidade, em meio ao ciclo de alta de taxas de juros no Brasil e nos EUA, o que impacta ações de empresas que estão em crescimento e necessariamente têm maior necessidade de tomar crédito para financiá-lo.

O Bradesco BBI manteve classificação outperform para BIDI11, com preço-alvo de R$ 34,00.

E, por fim, o UBS foi mais otimista. Analistas recomendam compra para BIDI, com preço-alvo de R$ 42,00 para o fim do ano.

Em relatório, o banco destacou a evolução positiva da taxa de captação líquida do market place do banco digital, além da desaceleração material da carteira de empréstimos, em meio a um conjunto de resultados onde foram reduzidas as surpresas no período.