Às 16:04 desta sexta-feira (13), as ações de Bradespar (BRAP4) subiam 0,95%, a R$ 26,64. O desempenho era mantido um dia após a companhia reportar seu balanço referente ao primeiro trimestre deste ano.
A empresa havia registrado um lucro líquido de R$ 924,1 milhões entre janeiro e março, cifra 45,7% inferior aos ganhos computados um ano atrás.
A receita operacional somou R$ 918,4 milhões no mesmo período, uma queda de 47,1% na comparação com igual período do ano passado e reflete a operação de redução de capital, concluída em 20 de dezembro.
Com o evento, a participação acionária da empresa na Vale (VALE3) passou de 5,7% para 3,44% do capital social votante em março deste ano.
Na esteira do anúncio, a XP atualizou as estimativas para BRAP4 à época, com a manutenção da recomendação de compra para as ações da companhia, com o preço-alvo de R$ 32,80 para o fim de 2022 (de R$ 37,50 anteriores).
Analistas incorporaram os níveis de caixa mais baixos da holding em razão da forte distribuição de caixa recente. Adicionalmente, disseram seguir otimistas com a BRAP devido ao significativo potencial de valorização da Vale. Por fim, mantiveram desconto de holding justo de 20% e, portanto, a preferência por Vale em vez de Bradespar.
Àquela altura, a XP já citava que os principais riscos para a tese de investimento na Vale são aqueles relacionados à recuperação da demanda na China.
Outros riscos relevantes são: novos acidentse em uma das barragens da Vale e aumento da taxa de royalties cobrada no Brasil.
Em relação à Bradespar, para a XP, continua como principal risco a ação indenizatória movida contra ela pela Litel Participações, que cobra da empresa o montante de R$ 1,41 bilhão, que equivaleria a uma perda potencial de cerca de R$ 3,56 por ação.