Às 10:53, as ações de Braskem (BRKM5) subiam 0,39%, ao preço de R$ 40,98 cada, enquanto o Ibovespa cedia 0,33%, aos 104.049 pontos. O movimento sucede a divulgação do balanço do primeiro trimestre da companhia.
A petroquímica registrou um lucro líquido de R$ 3,88 bilhões entre janeiro e março de 2022, com alta de 56% na comparação anual.
Para o BTG, os resultados foram, em geral, uma surpresa positiva. Analistas destacaram números em linha com o esperado nas operações brasileiras e norte-americanas e tendências saudáveis na divisão mexicana da empresa.
O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 4,9 bilhões (US$ 920 milhões), o que superou as estimativas do BTG em 10%.
Desde que iniciou a cobertura, o BTG ressalta o bom trabalho de diversificação da companhia, combinado aos esforços contínuos para melhorar a eficiência operacional, aumentar sua “pegada verde” e solucionar problemas em Alagoas.
Analistas reconhecem, entretanto, que a deterioração da dinâmica do petchem spread pesa sobre os estoques.
A incerteza e o balanço da potencial venda da Braskem continuam como um dos principais contratempos dos investidores, destacam ainda. Mas o BTG mantém recomendação de compra para BRKM5, com preço-alvo de R$ 68,00, baseada em crença de que os fundamentos e a avaliação devem prevalecer em algum momento.
Já o Bradesco BBI reiterou classificação outperform, com preço-alvo de US$ 20 para os ADRs da petroquímica (BAK).
Eles citam expectativas por uma deterioração do EBITDA no segundo trimestre, antes de uma melhora nos seis meses finais de 2022, com a influência da alta dos preços de matéria-prima ao longo do ano. Preços de resinas devem aumentar no segundo semestre, pontuaram.
Por fim, o UBS destaca o forte desempenho e a solidez do fluxo de caixa da petroquímica. O EBITDA não superou as expectativas do UBS, mas veio acima da média histórica, como pontuaram os analistas.
O UBS sustenta recomendação de compra para BRKM5, com preço-alvo de R$ 60,00.