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Cenário da semana cria uma "nuvem nebulosa" para os investidores da B3

Ibovespa acumulou uma queda de 3,1% nesta semana, mas fechou com tímida alta. Segundo o líder da mesa de Renda Variável da Blue3, o país precisa se ajustar para que a Bolsa de Valores possa subir "com força".

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O Ibovespa encerrou a semana com uma alta de 0,22%, aos 116.933 pontos, puxado pelo setor bancário. O resultado aliviou o mercado, que esperava um fechamento em baixa após o índice apresentar forte queda durante a segunda metade do dia e bater a mínima de 115.582,88 pontos, patamar mais baixo registrado desde 01 de abril deste ano. 

Durante a semana, o principal índice da B3, a bolsa de valores brasileira, acumulou queda de 3,1%, refletindo a aprovação da reforma do Imposto de Renda na Câmara dos Deputados, além de ajustes de posições comuns nas trocas de mês. Também foram os últimos dias sob a atual composição do Ibovespa, que a partir de segunda-feira (06/08) passa a incluir mais sete ações na sua carteira.

De acordo com Antonio Carlos Maturana Pedrolin, líder da mesa de Renda Variável da Blue3, o que se vê é uma nuvem nebulosa que tira a visibilidade do investidor, criada pelas notícias dessa semana, como a crise hídrica, maior pagamento de benefícios sociais etensão entre os poderes em Brasília. “Precisávamos que todos esses itens se ajustassem para que a bolsa destrave valor e possa subir com força, pois fundamento de empresa e lucros nós temos”, explicou. 

Segundo Pedrolin, “temos boas empresas, sólidas e com crescimento e geradoras de caixa, porém desvalorizadas. A retomada dos preços só acontecerá à medida que a nuvem política e fiscal se dissipar”, afirmou.

Emprego nos EUA

Nesta sexta-feira foi divulgado que a economia dos EUA criou 235 mil empregos não-agrícolas em agosto, número que veio abaixo do esperado e dos dados do último mês. Segundo o executivo , a semana foi toda marcada pela expectativa do payroll. 

O líder da mesa de Renda Variável da Blue3 também explicou que, no começo da semana, o mercado externo se manteve otimista com o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), no Jackson Hole, que disse que a alta nos juros não ocorreria tão cedo e que estava confiante de que a inflação nos EUA será transitória.

“Esse discurso trouxe máximas históricas para os índices americanos, mas no Brasil descolamos por questões internas relacionadas à crise hídrica, fiscal e política, que nos afetam negativamente”, finalizou Pedrolin.