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Com 18% de valorização no ano, vale a pena investir em ações da Taesa (TAEE11)?

Veja as análises de Ativa Investimentos, Banco Safra, BTG, Genial Investimentos e XP Investimentos para os papéis da companhia após a divulgação do balanço do quarto trimestre

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Com uma valorização de 17,99% no acumulado do ano até o último pregão de quarta-feira (23), quando encerrou o dia com o preço de R$ 42,83 por ação, o desempenho da Taesa (TAEE11) chama a atenção.

Entretanto, em fevereiro, a companhia divulgou o balanço de seu quarto trimestre e as análises foram mistas. 

Ativa Investimentos

A Ativa Investimentos recomendou posição neutra para as ações de Taesa (TAEE11), com preço-alvo de R$ 36,00.

Entre os destaques negativos da companhia no quarto trimestre, afirma a corretora, estão: a queda do resultado de equivalência patrimonial em 18,8% no ano, o crescimento do pagamento de juros em função do aumento da dívida e o caixa de R$ 395 milhões, ante R$ 978 milhões registrados ao fim de 2020.

Banco Safra

Para o Banco Safra, a empresa continua como uma forte pagadora de dividendos, mas recebeu recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 34,60 para o fim de 2022.

Analistas avaliaram que as eleições podem aumentar a volatilidade geral e trazer um fluxo de notícias negativas para o setor elétrico em geral, mas sem prejudicar os fundamentos. 

Não veem mais a crise hídrica para este ano,  pois os volumes de chuva são bons e os reservatórios estão em recuperação, mas enxergam possíveis problemas em direção às distribuidoras, pois esperam altos aumentos de tarifas para pressionar taxas de inadimplência e perdas.

Com isso, as transmissoras continuam a ser a melhor jogada defensiva do setor. Embora os preços não sejam baixos, um bom rendimento de dividendos e proteção podem ajudar o desempenho do segmento. E nesse aspecto a Taesa (TAEE11) se sobressai.

O Safra destaca, entre os riscos ao investir nas ações da companhia, um atraso e excesso de capex de projetos em construção, má alocação de capital nos leilões de transmissão e redução do payout.

Analistas veem a empresa negociar a uma TIR justa de 6,9%, e não enxergam catalisadores operacionais de curto prazo que possam desencadear uma reclassificação das ações.

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BTG

Para o BTG, a Taesa apresentou resultados sólidos como o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 447 milhões, ante estimativas de R$ 413 milhões do banco para o indicador – aumento de 56,0% a/a devido ao impacto da inflação do IGP-M nos reajustes de RAP, a energização de Janaúba e uma redução nos custos, com avanço de apenas 8% no opex a/a comparado ao crescimento de receita líquida de 44% a/a.

Os dividendos totais para 2021 atingiram R$ 1,79 bilhão.

Apesar dos fortes dividendos, o BTG não espera ver números tão fortes ao longo do ano. Além disso, a Taesa desponta como o nome mais caro na cobertura do banco, negociado a uma TIR real de 4%.

A companhia recebeu rating de venda, com preço-alvo de R$ 32,00.

Genial Investimentos

A Genial Investimentos recomendou vender as ações de Taesa (TAEE11). O preço-alvo estipulado para a companhia, ao fim de 2022, foi de R$ 36,00.

De acordo com o relatório do analista Vitor Sousa, a Genial vê a Taesa como um case bem precificado.

A Genial destacou uma preocupação com o endividamento da empresa, que alcançou 4.1x a relação dívida líquida/Ebitda após aquisição de lote com investimento estimado de R$ 1.75 bilhões no último leilão de transmissão.

Sousa escreve que, apesar da alta tolerância de dívida proporcionada pela estabilidade do negócio de transmissão, acredita que a alta alavancagem pode, em um momento de expansão das taxas de juros, fazer com que a empresa tenha gastos mais elevados com despesas financeiras e, por conseguinte, tenha sua distribuição de dividendos afetada.

E isso limitaria a capacidade da empresa em investir em novos ativos, o que poderia fazê-la perder para concorrentes como Alupar (Alup11) e CTEEP (TRPL4).

XP Investimentos

A XP tem recomendação neutra. O preço-alvo por unit indicado foi de R$ 39,00.