Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – O prazo de reserva de CRI da Cyrela (SA:CYRE3) acaba nesta sexta-feira, 3, e a Eleven possui uma análise positiva sobre o risco de crédito da companhia.
Ainda assim, a corretora destaca que a elevada exposição ao cenário macroeconômico é algo a ser levando em conta e por isso nem todas as emissões são indicadas.
A Eleven recomenda que o investidor entre apenas na primeira série da emissão de CRI da Cyrela, que tem como remuneração a taxa teto de CDI mais 0,90% ao ano, o que equivale a 2,98% a.a. bruto.
Além do CRI de primeira série indicado, a Cyrela também fará mais duas emissões.
A segunda será remunerada pelo NTN-B 2026 mais 0,50% a.a. ou IPCA mais 5,65% a.a., o que equivale a 2% a.a. bruto, e a terceira emissão, com remuneração NTN-B 2028 mais 0,65% a.a. ou IPCA mais 5,90% a.a., o que equivale a 2,18 a.a. bruto.
A Cyrela é líder no seu setor e possui um bom histórico de de execução e rentabilidade, o que seria suficiente para uma análise positiva do risco de crédito, segundo a Eleven.
Mas o impacto da alta de juros e a persistência da inflação são fatores de atenção para o setor, fazendo com que a assimetria negativa típica dos títulos de crédito seja menos atraente para o credor.
Segundo a corretora, o momento exige que o investidor seja rigoroso rigoroso com os prêmios exigidos ao alocar em títulos de crédito e por isso, indica que agora busque ativos de prazos mais curtos, líquidos e, se possível, com isenção fiscal.
A Eleven também alerta para o risco de que a pressão dos custos pode impactar as margens da companhia no curto prazo e os números de distratos também podem ficar elevados, mesmo que a lei atual tenha aumentado a segurança das empresas do setor.
Às 14h30, as ações da Cyrela (CYRE3) caíam 3,49%, a R$ 13,81.