Os ETFs (sigla em inglês para Exchange Traded Funds), também conhecidos como “fundos de índice”, são um segmento relativamente novo no mercado brasileiro, mas que ganham cada vez mais espaço entre os investidores.
Esse tipo de ativo pode replicar qualquer índice ao redor do mundo, desde o Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, ao S&P 500, ou até mesmo opções na renda fixa. Uma das principais características de um fundo de índice é o acesso a uma carteira diversificada investindo em apenas um código de negociação.
Por ser um ativo negociado em Bolsa, também pode ser volátil e para fazer a escolha é muito importante reconhecer o seu perfil como investidor e saber se está disposto a encarar um ETF com estratégia conservadora, moderada ou arrojada.
É seguro investir em ETFs neste momento?
O mercado financeiro, como um todo, passa por um momento de incertezas. Os bancos centrais ao redor do mundo tentam controlar a inflação com sucessivos aumentos de juros e mais recentemente alguns grandes bancos na Europa e nos Estados Unidos entraram em crise, o que também acendeu um alerta aos investidores.
Por se tratar de um investimento na renda variável, o investidor já deve estar preparado para a volatilidade, mas uma forma de encarar esse mercado em busca de segurança, é procurar por ativos aliados a essa estratégia.
Cauê Mançanares, CEO da Investo, pontua que “um ETF de renda fixa apresenta mais segurança que um ETF de renda variável”. Nesse sentido, o investidor deve buscar por fundos que replicam índices voltados a títulos públicos ou privados.
Para o investidor que prefere um índice dentro da renda variável, existem diversas opções que englobam até mesmo ativos no exterior, e dependendo, podem ser uma forma de se defender da volatilidade do mercado brasileiro, por exemplo.
“Para quem está começando, é recomendado iniciar investindo nos ativos mais diversificados, como o WRLD11 para renda variável, que investe em mais de 9 mil empresas do mundo todo, e LFTS11 em renda fixa, que investem em títulos públicos brasileiros atrelados a taxa Selic”, comentou.
ETFs que pagam dividendos?
Existe agora esta nova modalidade e você também pode receber dividendos desses ativos. Desde o dia 30 de janeiro de 2023, a B3 passou a permitir a listagem de ETFs que pagam dividendos na Bolsa.
No entanto, para acessar esses proventos, somente investindo em ETFs listados a partir desta data. Para os que já eram listados, a regra de dividendos não vale.
As carteiras podem ter ações locais e internacionais e o pagamento deve ser ao menos de forma mensal, segundo as regras da B3. Esses proventos terão a incidência do Imposto de Renda de 15% sobre os ganhos.
Para o CEO da Investo, um ETF que paga dividendos é uma excelente oportunidade ao investidor brasileiro. Contudo, ele ressalta que ainda vê algumas desvantagens tributárias na forma como a regulação foi criada, mas que estuda formas de encontrar benefícios tributários nesse segmento.