Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios – ou FIDCs –, são ativos que têm chamado a atenção dos investidores, principalmente com a renda fixa, diante do elevado patamar das taxas de juros.
Regido pela nova resolução 175 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que entrou em vigor em outubro de 2023, o FIDC é considerado um veículo de securitização caracterizado pela aquisição de direitos creditórios que são valores a receber representados por recebíveis, contratos de crédito ou promessas de pagamento.
“A dinâmica do FIDC segue o seguinte fluxo: muitas empresas oferecem um prazo específico para o pagamento da venda de seus produtos e serviços, porém, necessitam manter o caixa até receber o pagamento por meio de cheques, parcelas de cartão de crédito ou aluguéis. Para contar antes com o dinheiro, a companhia negocia esses direitos a receber – ou direitos creditórios – que são adquiridos por investidores […] Quando o pagamento da dívida é realizado, o dinheiro não vai para empresa ou para o banco, mas sim para os investidores”, explica Carlos Eduardo Benitez, CEO da BMP.
Desde o início, o grande mercado de atuação dos FIDCs sempre foi a antecipação ou desconto de duplicatas e contratos de naturezas diversas, representando uma importante ferramenta para a captação de recursos, facilitando o acesso ao crédito a milhares de empresas e indivíduos.
De acordo com números da Uqbar, líder em inteligência de mercado nos mercados de CRAs, CRIs, FIDCs e FIIs brasileiros, em agosto de 2023, o mercado de FIDCs registrou R$ 355,39 bilhões em patrimônio líquido (PL) (representando um crescimento de 14,8% em relação ao período de janeiro a agosto do mesmo ano), distribuídos em 1885 fundos (8% a mais em relação ao mesmo período).
“Há um bom tempo, as instituições financeiras têm utilizado o modelo de securitização do FIDC, que consiste em uma estrutura mais leve, organizada e mais barata do que a gestão de forma proprietária de suas carteiras de crédito. Tornou-se uma forma de financiamento para diversos setores da economia”, diz Benitez.
Segundo o CEO, a entrada das fintechs no mercado brasileiro e o aumento do volume de operações digitais de crédito nos últimos cinco anos fez com que o mercado de FIDCs ganhasse mais relevância: “A evolução do mercado financeiro está intrinsecamente ligada ao crescimento do número de FIDCs e ao volume de recursos investidos”, acredita.
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