Às 15:30 desta quinta-feira (9), as ações de Iguatemi (IGTI11) subiam 0,43%, ao preço de R$ 18,60 cada. O movimento estende os ganhos da empresa no acumulado do ano ao patamar de 9,52%.
Analistas do BTG conversaram recentemente com dois executivos da empresa: Guido Oliveira, CFO, e Marcos Souza, diretor de RI. Os profissionais discutirão as perspectivas do setor e os recentes desenvolvimentos corporativos que o Iguatemi empreendeu.
Oliveira e Souza destacaram:
- – vendas dos lojistas se expandem em bom ritmo: (SSS 15% no 1T22, mas os números de abril/maio parecem ainda mais fortes do que isso), já que os consumidores de alto padrão têm sido muito mais resilientes ao macro mais difícil;
- – a elevação dos aluguéis muito acima do crescimento de vendas;
- – a melhoria das métricas do portfólio (vacância, inadimplência, custos de ocupação dos lojistas, etc.);
- – iniciativas como Iguatemi365 e i-Retail; e
- – maior seletividade no aumento de capital, uma vez que as ações estão subavaliadas e o custo da dívida aumentou.
Dito isso, o Iguatemi ainda vê oportunidades de comprar participações minoritárias em seu portfólio em condições atrativas.
O BTG se mantém positivo para os operadores de shopping centers brasileiros (com a pandemia praticamente para trás, as vendas dos shoppings se recuperaram muito e os aluguéis já estão significativamente mais altos do que os níveis pré-Covid em termos reais).
Dito isso, as taxas de juros mais altas impediram a recuperação das ações (as ações da Iguatemi estão negociadas perto das mínimas de fevereiro – março de 2020).
Isso cria uma boa oportunidade de compra, na opinião do BTG, que reitera o rating ao preço-alvo de R$ 27,00. A empresa parece atraente em 12x P/FFO 2022E (IRR real implícito/patrimônio líquido de 11%, um bom spread de ~550bp nas taxas de referência).