A Light (LIGT3) anunciou a venda de dois dos seus ativos de geração: Ganhães Energia e Lighter (sociedade que opera a PCH Paracambi Energia, um complexo com quatro pequenas centrais hidroelétricas).
De acordo com os termos do negócio, o valor a ser recebido pela Light vai ser de R$ 103,7 milhões pela sua fatia de 51% na PCH Paracambi e R$ 97 milhões pela sua fatia de 51% no Complexo de PCHs de Guanhães – o que perfaz um total de R$ 200,8 milhões de reais pela venda de suas fatias em ambos os ativos.
Para o analista Vitor Sousa, da Genial Investimentos, a verdadeira geração de valor desse evento não está relacionada ao diferencial do múltiplo da venda versus ao quanto a Light negocia e sim ao uso dos recursos levantados no negócio da empresa, a sua verdadeira avenida de geração de valor: o negócio de distribuição.
Ou seja: ao usar os recursos levantandos nesse investimento no negócio de distribuição (que ainda requer pesados investimentos na troca de medidores e etc), a verdadeira multiplicação desses recursos viriam da melhora operacional dos negócios de distribuição.
“Claro que isso ocorre em dentrimento da maior segurança e estabilidade do negócio de geração vs os riscos inerentes do negócio de distribuição (consumo, custos operacionais não-gerenciáveis, perdas, etc). Além disso, vale mencionar que tais projetos foram realizados em parceria com a Cemig, a antiga acionista majoritária da própria Light. Ou seja, tal evento significaria o corte do cordão umbilical entre ambas as empresas, o que também achamos importante e positivo para ambas as empresas”.
A Genial Investimentos reiterou recomendação de compra para LIGT3, com preço-alvo de R$ 17,00 por ação – o que implica em um potencial de valorização de 119,07% sobre os valores atuais (R$ 7,76 no fechamento do último pregão, no dia 24 de junho).