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Previdência ou Poupança: qual é a melhor opção para garantir a aposentadoria?

Confira as diferenças de cada modalidade e qual mais se encaixa ao seu perfil

- Marc Najera/Unsplash
- Marc Najera/Unsplash

A aposentadoria é uma das maiores conquistas que uma pessoa que dedicou anos de sua vida ao trabalho pode conseguir. Apesar disso, muitos brasileiros ainda têm dúvidas sobre qual caminho seguir para definir o melhor investimento.

As possibilidades para conseguir uma renda complementar à aposentadoria do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) são diversas. Segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), revelados em julho deste ano no “Raio-X do Investidor 2021”, a população brasileira está cada vez mais usando os produtos financeiros como opção de investimentos, com ações, títulos privados e fundos ganhando participação nos portfólios dos investidores em 2020. 

Porém, a caderneta de poupança ainda é o principal destino do dinheiro dos poupadores:  29% dos brasileiros investem em caderneta de poupança, enquanto 5% escolhe fundos de investimentos, mesma porcentagem dos que preferem títulos privados, 3% títulos públicos via tesouro direto e 3% em ações na bolsa de valores. O mesmo relatório aponta que apenas 9% dos entrevistados prevêem que sua renda futura virá da previdência privada.

Será que a poupança, “queridinha” dos brasileiros, vale a pena para quem quer um futuro tranquilo? Ou melhor apostar na previdência privada?

Para Wagner Ronchi, portfolio manager private da Blue3, a questão é fácil de responder.

“Sem dúvidas é a previdência privada. Ela possui uma diversidade de produtos maiores, possibilidade de diversificação, além de não ser tributada durante o período de acumulação”,  explicou.

Como funciona a previdência privada?

Embora, segundo a pesquisa da Anbima, ainda seja uma modalidade negligenciada por grande parte dos brasileiros, contar com um plano de previdência é um dos melhores caminhos para a aposentadoria, servindo como complemento à previdência pública. Nos planos de previdência privada, é possível escolher o valor da contribuição, o período e o tempo que pretende fazer o resgate. As alternativas são: o Plano Gerador de Benefícios Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).

A diferença entre as duas é basicamente a forma de tributação: a primeira segue uma tabela regressiva do imposto de renda, que é cobrado apenas no resgate; enquanto a segunda segue um sistema “progressivo” que permite abatimentos do IR ao longo do tempo e tem tributação sobre o saldo total. Em ambas as modalidades é possível escolher o montante que será aplicado mensalmente (alguns planos têm valor mínimo) e por qual tempo você aplicará antes de colher o benefício.

No momento da escolha do plano, é importante se atentar à forma de cobrança de impostos, uma vez que existem duas formas de tributação, pela tabela regressiva ou progressiva.

Renda fixa além da poupança

Se você tem dinheiro investido na poupança, talvez seja melhor procurar outras opções. Em abril deste ano, por exemplo, a poupança chegou a acumular 4,16% de perdas, segundo dados da consultoria Economatica.

Ou seja: se você deixou R$ 100 entre abril de 2020 e deste ano na caderneta, perdeu R$ 4,16 em poder de compra. Isso porque a maneira como a poupança é calculada não ajuda a sua rentabilidade a vencer o IPCA, considerado a inflação oficial do País.

Para entender como funciona o cálculo da rentabilidade da poupança, confira essa Spacedica!

Para não “sofrer” com os resultados fracos da poupança, vale buscar outras opções de renda fixa no mercado financeiro, como Tesouro Direto, CDBs (Certificados de Depósito Bancários), fundo de renda fixa, ações e FIIs (Fundos de Investimentos Imobiliários).