Economia

Selic a 11,75% ao ano: o que recomenda o estrategista do Santander?

Arley Junior mantém recomendações em títulos pós-fixados, especialmente os que acompanham a variação da taxa de juros, visto que ela ainda opera em patamar elevado

Sede do Banco Central em Brasília - Foto: Raphael Ribeiro/BCB
Sede do Banco Central em Brasília - Foto: Raphael Ribeiro/BCB

Nesta quarta-feira, 13 de dezembro, o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC) decidiu reduzir a taxa básica de juros Selic em 0,50 p.p., a 11,75% ao ano (a.a.) na última reunião do colegiado neste ano.

Arley Junior, estrategista de Investimentos do Santander Brasil, mantém recomendações em títulos pós-fixados, especialmente os que acompanham a variação da taxa de juros, visto que ela ainda opera em patamar elevado, tais como Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), fundos DI e Tesouro Selic.

“Para quem quer diversificar, LCIs (Letra de Crédito Imobiliário), LCAs (Letra de Crédito do Agronegócio) e LIGs (Letra Imobiliária Garantida), que têm como vantagem serem isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas”, acrescenta, para quem quer se manter na renda fixa.

Mesmo com a sinalização de convergência dos índices de inflação para a meta do BC, o especialista lembra que designar parte dos investimentos para produtos que acompanham o índice seria uma forma de proteger o patrimônio de eventual disparada dos preços. “Além de ser uma oportunidade de ganho real”, complementa.

Para quem está disposto a correr um pouco mais de risco, ele indica fundos multimercados como opção para diversificação e a Bolsa de Valores, que ainda está com preços atrativos, indica um momento oportuno de entrada para quem possui médio e longo prazos para investir. São investimentos que conseguiram capturar retornos elevados nos últimos ciclos de queda de juros.

Para o especialista, mais importante do que a escolha do tipo de investimento seria compor uma carteira diversificada, adequada ao perfil de risco da pessoa.

Junior alerta a importância de “sempre investir em diferentes produtos, mas de maneira estratégica, não necessariamente com uma quantidade elevada, pois eventuais perdas podem ser compensadas pelos ganhos com outros investimentos”.

Ele acrescenta ser preciso que o investidor analise o seu momento de vida, seus objetivos e a disposição para risco.