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Smart Fit (SMFT3): BTG reitera recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 33,00

Analistas do banco reiteraram indicação para os papéis da rede de academias após diversas reuniões com a alta administração

- William Choquette/Pexels
- William Choquette/Pexels

Por volta das 12:09 desta terça-feira (26), as ações da Smart Fit (SMFT3) caíam 1,55%, a R$ 18,47. Mas, para o BTG, a ação deve chegar a R$ 33,00 até o fim do ano.

Analistas do banco reiteraram recomendação de compra para os papéis da rede de academias após diversas reuniões com a alta administração (CFO Thiago Borges e o Diretor de M&A José Rizzardo), que discutiram os padrões de consumo em um mundo pós-pandemia e as iniciativas da companhia em um cenário macroeconômico difícil.

Nas ocasiões, os executivos reforçaram um cenário de recuperação, que sinaliza adesão a níveis pré-pandemia no final de 2022; mudanças estruturais e iniciativas que manterão as margens sob controle e verão as despesas crescerem abaixo da inflação; e planos de expansão ainda em andamento (195 academias em 2022), com cenário de consolidação positivo pela frente.

O relatório do BTG destaca que, para compensar pressões inflacionárias, a Smart Fit lançou mão de diversas iniciativas, como:

(i) a renegociação de contratos de locação levou a um aumento de apenas 1/3 da inflação geral nesta linha em 2021, e os aluguéis das novas academias estão 15% abaixo da média da SMFT;

(ii) os custos com pessoal deverão aumentar 10% em 2022, mais do que compensados por uma queda de 15% nas horas-homem. 

A Smart Fit planeja manter seu plano de crescimento de 195 adições líquidas em 2022 (90% das academias próprias), com uma mudança tática: focar mais nos países da América Latina em vez do Brasil (que normalmente se responsabiliza por 50% das adições líquidas, e este ano deve ser de 40%), pois esses países estão em recuperação mais rapidamente.

Em um cenário de maiores custos de construção e com parte de seu capex exposto ao câmbio, a SMFT comentou a tendência mundial de redução de áreas de cardio e aumento de áreas funcionais/livres, o que para a SMFT significa 10-20 menos máquinas de cardio por academia (R$ 10-20 mil cada).

Juntamente com as mudanças no design da academia, isso permite manter seu capex por academia em R$ 5,0 milhões este ano vs. R$ 4,7 milhões em 2021.

O BTG diz que a rede de academias está muito bem posicionada para aumentar sua participação no mercado latino-americano (13%), com visão positiva baseada em quatro pilares:

(i) grande escala na América Latina, com 1.077 academias, 430 mil assinaturas digitais ( 13% a/a) e 2,9 milhões de membros em 14 países em março;

(ii) unit economics atrativo das academias;

(iii) desenvolvimento de ecossistema de bem-estar (que complementam os espaços físicos tradicionais e abrem caminho para mais engajamento e monetização de tráfego); e

(iv) exposição a um setor fragmentado à beira de uma forte recuperação do consumo global de serviços, já observada em muitos países.