Assim como as fintechs invadiram o espaço dos bancos tradicionais, o setor de seguros recebeu as soluções tecnológicas trazidas pelas insurtechs. 50% das insurtechs surgiram nos últimos quatro anos, segundo relatório da Distrito, plataforma de inovação, trazendo possibilidades desde fechar uma apólice online até novas tecnologias para as seguradoras tradicionais.
Para o consumidor, a contratação de um seguro via insurtech, ao invés de por meio de corretores tradicionais, pode significar mais rapidez e facilidade. "Em ambos os casos [ele] está coberto pelo produto que comprou", diz Raphael Swierczynski, CEO da Ciclic. "A diferença está na geração de valor que cada empresa e cada produto entrega".
Essas startups de seguros também apresentam, geralmente, opções de customização nas apólices e, pelo seus portes reduzidos, conseguem responder à solicitações mais rapidamente. Na Ciclic, por exemplo, "usamos inteligência artificial e análise de dados para ofertar para cada cliente o que mais faz sentido pra ele", diz o CEO.
Cuidados
Esse tipo de serviço funciona bem para seguros mais simples, como os para automóveis ou residenciais, afirma José Carlos da Silva, professor do curso de Gestão de Seguros da Universidade Metodista.
Quer saber qual seguro é o ideal para você? Fale com um especialista da SpaceMoney
"Para grandes coberturas, como para o agronegócio, é mais complexo fazer uma contratação automatizada", diz. "Seguros de viagem, por exemplo, com cadastros quase instantâneos online, são o modelo mais aceito".
Além disso, é sempre necessário verificar o cadastro da empresa na SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), atentando se o recurso patrimonial corresponde ao necessário para cumprir os compromissos, recomenda o especialista.
Para além das diferenças tecnológicas, a escolha de uma apólice via insurtech deve seguir os mesmos critérios de uma contratação via corretor: "de acordo com suas necessidades, de maneira a garantir o seu patrimônio", afirma o professor José Carlos.