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Usiminas (USIM5): ações despencam após balanço do 1T22 trazer cautela para o curto prazo

Veja o que dizem BTG Pactual e Goldman Sachs sobre a empresa

Usiminas - Usiminas/Divulgação
Usiminas - Usiminas/Divulgação

Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – A reação negativa dos investidores aos resultados do primeiro trimestre de 2022 da Usiminas (SA:USIM5) não foi uma surpresa para o BTG Pactual (SA:BPAC11). Para o banco, a empresa trouxe números mais fracos que indicam uma necessidade de cautela no curto prazo, mas ainda, a Usiminas continua sendo uma empresa com a posição de caixa líquido preservada. 

Às 14h16, as ações da Usiminas caíam 5,80%, a R$ 12,34.

A Usiminas apresentou um Ebitda de R$ 1,6 bilhão, que ficou 7% abaixo das estimativas do BTG Pactual. O banco explica que a diferença entre a previsão e os números divulgados se deu por causa dos preços mais baixos praticados nas unidades de mineração e nas siderúrgicas, que foram 29% e 2% menores do que os projetados respectivamente. 

Outro ponto que tornou o trimestre a ser observado no trimestre é que a alavancagem operacional, que já é alta, se uniu com a volatilidade dos preços das matérias-primas. Isso fez com que tanto a previsão de lucro, como a geração de fluxo de caixa, ficassem mais desafiadoras para a Usiminas, explica o Goldman Sachs (NYSE:GS). 

O BTG considera que o 1T22 tenha sido um período de transição para a Usiminas, com custos crescentes e preços de aço mais brandos. Porém, não é possível descartar os riscos de curto prazo, com a empresa se preparando para uma queda média de 12% nos embarques de aço, para algo entre 0,95 e 1,05 Mt, destaca o banco. 

A pressão sobre a empresa pode ser compensada pelo aumento gradual dos preços acima do consenso ao longo de 2022, aponta o BTG sem diminuir a sua cautela sobre a companhia.

O Goldman Sachs afirma que o 2T22 tende a ser melhor que o 1T22, uma vez que os custos mais altos, principalmente do carvão, e as vendas domésticas de aço mais fracas serão compensadas por um aumento agressivo no preço do aço no Brasil. A previsão do banco é que esse preço suba até 28% no próximo trimestre, por causa da redefinição dos contratos anuais de automóveis.

Para o BTG, a Usiminas continua bem posicionada do ponto de vista do balanço, com sua posição de caixa líquido preservada no trimestre. A tendência esperada pelo banco é que a Usiminas continue gerando FCF positivo em 2022, apesar do aumento do Capex e da parada de manutenção de Ipatinga. No 1T22, a posição líquida de caixa foi de  aproximadamente R$ 1 bilhão.

O BTG recomenda a compra das ações da Usiminas, com preço-alvo em R$ 25,00. O Goldman Sach também indica a compra, com preço-alvo em R$ 19,00.