Na última segunda-feira (1), a XP produziu um relatório em que informa manter a recomendação de compra para as ações da C&A (CEAB3), mas cortou o preço-alvo de R$ 18,00 para R$ 14,00.
De acordo com o material, as ações da C&A caíram 35% desde o mês de junho e apresentam um “desempenho muito abaixo dos seus pares”. Mas a XP diz não haver razão para recuar do ponto de vista dos fundamentos da empresa.
Segundo os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt, o desempenho recente da C&A pode ser atribuído principalmente à deterioração macroeconômica, que penalizou os nomes com menor liquidez de forma mais severa.
“No entanto, acreditamos que as ações tiveram uma correção excessiva de modo que hoje precificam um cenário bastante conservador, pois estimamos que os preços atuais estão incorporando uma margem Ebitda de longo prazo (ex-IFRS) abaixo de 11%, o que estaria em linha com níveis de 2018-19 e, portanto, não incorporaria nenhum ganho operacional das iniciativas de otimização da cadeia de suprimentos que vem sendo implementadas”, dizem.
Além disso, os analistas afirmam que a C&A se posiciona como uma das varejistas mais barata do Ibovespa, “o que parece excessivo”.
Para a XP, as perspectivas para a companhia têm, inclusive, melhorado em razão dos aprimoramentos logísticos e da reabertura econômica.
O material destaca ainda que o fim da parceria com o Bradesco foi um acerto do ponto de vista estratégico. Assim, a C&A deve assumir a operação de crédito, e, desta maneira, pode aumentar suas vendas. Segundo a XP, o impacto positivo pode alcançar R$ 1,50 por ação.