No primeiro semestre de 2024, o Brasil registrou 1.104 pedidos de recuperação judicial, um aumento de 71% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Serasa Experian.
Desse total, as micro e pequenas empresas lideram o número de pedidos, com 713 registros, seguidas por empresas de médio e grande portes.
Entre os casos notáveis estão a Fasolo, fabricante de artigos de couro com R$ 155 milhões em dívidas; o grupo supermercadista Solar, com dívidas de R$ 83,6 milhões; e a Santa Casa de Araçatuba, que enfrenta R$ 250 milhões em débitos.
A recuperação judicial permite que essas empresas negociem suas dívidas para evitar a falência e manter empregos e operações.
Eduardo Bazani, sócio-diretor da Nordex Consultoria Empresarial, enfatiza a importância da reestruturação empresarial para restaurar a confiança de credores e investidores e acessar novos recursos financeiros.
“Um plano de reestruturação bem elaborado ajuda a restaurar a confiança de credores e investidores. A reestruturação abre oportunidades para a empresa acessar novos recursos financeiros, seja através de investimentos, linhas de crédito ou parcerias estratégicas. Enfim, é um processo que ajuda a restaurar a saúde financeira e operacional da empresa”, conclui.