O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu manter a alteração de datas das semifinais da Copa do Brasil, feita pela CBF. A mudança beneficia Flamengo e Atlético-MG, enquanto Corinthians e Vasco contestaram a decisão.
Corinthians e Vasco alegaram que a alteração viola o regulamento da competição e prejudica o planejamento das equipes. Os advogados dos clubes argumentaram que a mudança não seguiu os critérios estabelecidos pela própria CBF.
A entidade não enviou representantes ao julgamento, mas apresentou um documento de mais de 10 páginas defendendo a alteração. A CBF justificou a mudança com base no “sucesso de público, aumento de audiência e visibilidade da competição”.
Com a decisão, o Corinthians enfrentará o Flamengo no domingo, dia 20 de outubro, pela Copa do Brasil. Antes disso, o time paulista terá que jogar contra o Athletico-PR pelo Brasileirão na quinta-feira, dia 17.
A diretoria do Corinthians expressou frustração com o resultado do julgamento. O clube considera que a decisão afeta a isonomia da competição e pode prejudicar seu desempenho nas duas competições simultâneas.
Resumo do caso até o julgamento do STJD
A controvérsia teve início quando a CBF anunciou uma alteração nas datas dos jogos de volta das semifinais da Copa do Brasil. Inicialmente, as partidas estavam marcadas para o dia 17 de outubro, mas a entidade decidiu transferi-las para o final de semana dos dias 19 e 20. Essa mudança afetou diretamente o calendário de jogos do Campeonato Brasileiro.
Corinthians e Vasco, dois dos clubes afetados pela alteração, manifestaram sua discordância. Ambas as equipes argumentaram que a mudança violava o regulamento da competição e prejudicava seu planejamento. O Corinthians, em particular, expressou surpresa com o pedido de alteração feito pelo departamento de competições da CBF no dia 27 de setembro, respondendo no dia seguinte com sua discordância.
A situação escalou quando a CBF emitiu um comunicado de alteração no dia 28, citando justificativas que os clubes consideraram inadequadas. Entre elas, estavam o “sucesso de público, o aumento de audiência e a visibilidade da competição”. Diante da insatisfação e da alegação de que a mudança não seguia os critérios estabelecidos no regulamento, Corinthians e Vasco decidiram levar o caso ao STJD, buscando reverter a decisão da CBF.