A suposta manipulação por cartões do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, durante a partida entre o time e o Santos, em 1º de novembro de 2023, beneficiaria ao menos três familiares do jogador, segundo o blog Na Mira, do site Metropóles.
De acordo com a Polícia Federal e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Bruno Henrique teria agido de forma a garantir ao menos um cartão durante a partida, enquanto seu irmão, cunhada e prima criaram contas em casas de aposta virtual na véspera do jogo, realizando apostas focadas na punição do atleta.
Essa estratégia visava garantir ganhos financeiros por meio das apostas, uma manobra que poderia levantar sérias questões sobre a integridade do esporte.
Durante os últimos minutos do segundo tempo, Bruno Henrique recebeu um cartão amarelo por uma falta temerária e, em seguida, um cartão vermelho após ofender o árbitro, criando um cenário que, segundo os investigadores, foi planejado com antecedência pelos apostadores.
A operação
Nesta terça-feira (5), a operação Spot-Fixing resultou na execução de 12 mandados de busca e apreensão, que ocorreram em várias localidades, incluindo a residência de Bruno na Barra da Tijuca (RJ), a sede de uma empresa em que ele é sócio e o Centro de Treinamento do Flamengo, o Ninho do Urubu.
A operação culminou na apreensão de celulares, computadores e outros itens que podem ser cruciais para a investigação.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) alertou os órgãos competentes sobre um volume anômalo de apostas indicando que Bruno Henrique receberia um cartão na partida, com uma concentração de 90% de apostas favoráveis a essa previsão.
Para os especialistas, essa movimentação indica um suposto conhecimento prévio dos apostadores sobre o que aconteceria em campo, o que pode ter consequências drásticas tanto para o jogador quanto para o próprio Flamengo.