De acordo com uma apuração do site Poder360, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda a viabilização de uma estatização parcial da Braskem (BRKM5) para salvar a Novonor, ex-Odebrecht.
A petroquímica já tem como sócios principais a estatal Petrobras (PETR3)(PETR4) (36,10%) e a Novonor (38,30%). Contudo, a petroleira não comanda as operações, ao passo que a ex-Odebrecht busca sanear suas contas, em razão dos impactos causados pela Operação Lava-Jato.
A Unipar (UNIP6), uma petroquímica privada da Bahia, quer comprar a parte da ex-Odebrecht na petroquímica. No final, a Braskem dividiria seus ativos e a estatal, que tem 36,0% das ações, voltaria a operar diretamente no setor petroquímico.
Já o jornal Valor informa que, neste momento, o movimento que a petroleira nacional vai tomar em relação à petroquímica vai ser decisivo. Duas propostas formais hoje na mesa da Novonor (Unipar e Apollo-ADNOC) estão, inclusive, condicionadas aos próximos passos da estatal.
Fontes confidenciaram ao veículo que a Petrobras tem indicado que não pretende elevar sua fatia na Braskem e, se houver oferta vinculante de compra, não deve exercer o direito de preferência sobre os 38,30% da ex-Odebrecht.
Estatizar a petroquímica teria implicações políticas negativas e agravaria o monopólio na petroquímica brasileira e a estatal não planeja vender sua posição junto com a ex-Odebrecht (“tag along”).
O Valor informa que a J&F Investimentos, da família Batista, controladora de JBS (JBSS3), que ainda não colocou na mesa uma proposta formal, também não faz objeções à permanência da estatal na petroquímica.
As informações são de Poder360.
As informações são de Mônica Scaramuzzo e Stella Fontes, com colaboração de Kariny Leal e Renan Truffi para o jornal Valor.