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Eletrobras (ELET3)(ELET6) prevê investimentos de até R$ 80 bilhões para os próximos 5 anos

A ex-estatal já possui investimentos contratados de R$ 17,1 bilhões

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A Eletrobras (ELET3)(ELET6) prevê investimentos entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões para os próximos cinco anos. Segundo a companhia, novos investimentos seguirão padrões rígidos de disciplina de capital.

A ex-estatal já possui investimentos contratados de R$ 17,1 bilhões, que serão destinados para novos ativos de geração, além de reforços e novos lotes de transmissão, que já têm receita futura estabelecida ou opcionalidades para tal.

Esse valor contém investimentos em manutenção dos ativos existentes – R$ 4,3 bilhões para geração e R$ 0,2 bilhão para transmissão.

Ativos de geração com novas receitas contratadas ou com opções concentram R$ 2,4 bilhões. Em geração com receitas contratadas, a empresa tem a expectativa de investimento de R$ 0,7 bilhão na fase I do Complexo Coxilha Negra.

Existem opções nas fases II e III do Complexo Coxilha Negra, que têm um investimento de R$ 1,3 bilhão.

O restante (R$ 0,4 bilhão) trata de novos projetos que poderão gerar receitas futuras.

A companhia foi vencedora do lote 4 deste ano, no âmbito do Leilão de Transmissão realizado em 30 de junho, com um investimento da ordem de R$ 0,68 bilhão para os próximos 24 meses.

Em paralelo, a Eletrobras administra uma série de investimentos em reforços da rede de transmissão já autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Tais investimentos visam dar robustez para o sistema existente.

Como contrapartida, a companhia vai fazer jus a receita adicional, que remunera o investimento a um retorno regulatório.

Nessa linha, a Eletrobras (ELET3)(ELET6) contabilizou R$ 6 bilhões de investimentos já autorizados pela Aneel, com receita adicional de R$ 0,84 bilhão por ano. 1.3- M&As contratados (R$ 0,6 bilhão)

A companhia espera ainda desembolso de caixa de cerca de R$ 0,6 bilhão para uma série de M&As executados recentemente (Teles Pires, Baguari I, EAPSA, Retiro Baixo, Mesa, Baguari Energia) e já divulgados ao mercado.

A ex-estatal prevê R$ 1 bilhão em investimentos ambientais – R$ 0,5 bilhão destinados aos programas socioambientais da Santo Antônio Energia S.A., sociedade recentemente consolidada pela Eletrobras, e cujos investimentos serão objeto de avaliação em busca de otimizações.

Os valores restantes, de cerca de R$ 1,90 bilhão, estão previstos para investimentos em infraestrutura (aquisição de imóveis, softwares etc.).

Tais investimentos também poderão fazer parte do plano de otimização de custos operacionais da companhia, que visa adequar a curva de PMSO para níveis de excelência setorial. 

R$ 4,5 bilhões referem-se ao montante planejado para investimentos em ativos existentes de geração e transmissão.

A maior parcela desse valor, de cerca de R$ 3,0 bilhões, deve ser focada em modernização e repotencialização das unidades geradoras. A Eletrobras possui um plano para a execução desse investimento, que não vai ser recorrente nos próximos anos.

O valor restante de R$ 1,5 bilhão foi, sobretudo, para investimentos em manutenção preventiva de ativos de geração e transmissão, o qual deve ser recorrente ao longo das concessões.

Além dos investimentos já contratados acima mencionados, a Eletrobras avalia alternativas adicionais de crescimento.

Existe, nesse momento, um total de 15 operações de M&A em ativos renováveis e de transmissão em análise.

Ademais, a Aneel estima um total de R$ 35 bilhões de investimentos em novos leilões de transmissão em 2023 e em 2024, com ótimas oportunidades de crescimento em potencial.

Ainda no horizonte do quinquênio, e quando considerada a vida útil de ativos de transmissão, a companhia pode adicionar até R$ 10 bilhões de investimentos em reforços do seu sistema de transmissão, com potencial adicional de incremento de receita anual em mais R$ 1,2 bilhão.

Por fim, a ex-estatal ressaltou que a realização de tais investimentos está atrelada à possibilidade de agregar novas receitas à companhia e todos os investimentos e transações feitos pela Eletrobras buscarão disciplina de capital e os melhores retornos ajustados, em consideração ao risco intrínseco de cada negócio.

A companhia reforça que não divulga projeções ou guidance, e que, portanto, quaisquer referências numéricas acima não possuem tal finalidade, nem devem ser assumidas como tal.