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Itaú divulga números mornos para o 4º tri; veja o que dizem os analistas

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Por Ana Julia Mezzadri, da Investing.com – O Itaú Unibanco (SA:ITUB4) reportou números mornos para o quarto trimestre após o fechamento do mercado de segunda-feira (1). Os resultados vieram em linha com as expectativas dos analistas.

O Itaú teve queda de 26,1% no lucro em relação ao mesmo período do ano anterior, a R$ 5,388 bilhões, 1% abaixo da estimativa de consenso dos analistas, de R$ 5,44 bilhões, compilada pela Refinitiv. O número ficou 1% abaixo da projeção do BTG Pactual, 3,4% abaixo do Safra e 4% abaixo do Goldman Sachs.

Na esteira dos resultados, o papel fechou o pregão desta terça-feira (2) em baixa de 2,13%, a R$ 28,46, após ter registrado mínima de R$ 28 e máxima de R$ 29,30 desde a abertura, com R$ 2,87 bilhões em volume negociado. O Ibovespa, por sua vez, terminou o dia em alta de 0,61%, aos 118.234 pontos.

Na opinião do Safra, o número, que representa alta de 7,1% na comparação trimestral, indica tendência de recuperação. Na mesma linha, a Elite Investimentos enxerga resultados positivos entregues pela boa administração do banco.

Para o Goldman Sachs, o resultado fraco foi devido principalmente a maiores despesas operacionais e menores ganhos com seguros, ainda que esses tenham sido parcialmente compensados por menores gastos com provisões.

Na visão da Mirae Asset, o preço da ação deve se recuperar por causa da decisão tomada em relação à participação na XP.

O BTG apontou o controle de custos como um destaque positivo, “tendência em que esperamos que todos os bancos brasileiros foquem nos próximos anos”, completa.

O GS concorda: “A empresa fechou 95 agências e pontos de atendimento ao cliente durante o trimestre, gerando pressão de custo adicional no período, mas criando potencial para melhoras de eficiência no médio prazo.”

Para 2021, a expectativa do BTG é de crescimento anual de 34% no lucro por ação, o que ainda representaria uma baixa de 12% em relação aos números de 2019. A melhora seria impulsionada principalmente por uma queda nas provisões. O banco ressalta, porém, que “o 4T pode ser um indicativo de que não há muito espaço para esperar muitos reveses”.

O Safra também espera números mais animadores para o ano, “sustentados principalmente pela redução do custo do crédito, mas também pela recuperação da atividade econômica”.

A Elite aponta que o cenário deve seguir desafiador em 2021, mas que devem apresentar recuperação.

Os principais riscos de upside apontados pelo Goldman Sachs são uma liberação mais rápida do que o esperado de reservas para perdas com empréstimos; uma recuperação mais rápida da base de capital; e a maior eficiência e melhorias em despesas operacionais compensando parcialmente a pressão sobre a última linha.

O Safra citou ainda os principais pontos positivos da companhia: a alta lucratividade; a boa estratégia de alocação de capital, que permite uma sólida distribuição de dividendos; a forte marca; e o histórico de boa performance no controle de custos.

Os maiores riscos para uma performance pior do que a prevista, por outro lado, são: a alta exposição a cartões de crédito, que pode levar a uma deterioração da qualidade dos ativos; a exposição a outros países da América do Sul, com níveis mais baixos de lucratividade; e uma redução na taxa de pagamento de dividendos, segundo o Goldman.

O Safra acrescentou a essa lista a competição no mercado de adquirência, que poderia trazer riscos para o crescimento em serviços para o Itaú mais do que para outros bancos, e a evolução tecnológica/digitalização.