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Petrobras (PETR3)(PETR4) deve criar 1,4 milhão de empregos com novo plano, diz CEO

Estatal estima o investimento estratégico de US$ 102 bilhões para os próximos cinco anos

- Arquivo/Agência Brasil
- Arquivo/Agência Brasil

O presidente da Petrobras (PETR3)(PETR4), Jean Paul Prates, revelou que a estatal visa criar 1,4 milhão de empregos diretos e indiretos com o Plano Estratégico (PE) 2024-2028, que tem o montante de US$ 102 bilhões para investimentos.

Esse valor representa um aumento de 31% quanto ao investimento do plano anunciado durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), destaca Prates.

“Esse PE muda muita coisa. O plano é direcionado para uma empresa que está enxergando o futuro. Anteriormente você via a empresa sem futuro, você a via simplesmente deixando de investir, pagando dividendos exorbitantes, acima de qualquer outra congênere, apontando apenas para atividade do pré-sal, que é finito, um recurso não renovável”, comentou o presidente da companhia.

Segundo ele, os US$ 102 bilhões reservados têm como prioridade explorar novas áreas, revitalizar refinarias e retomar a produção de fertilizantes, impulsionando produtos sustentáveis.

“Estamos falando de coprocessamento em refinarias, gerar energia renovável em grande escala para produção de hidrogênio verde e outros produtos, metanol verde, amônia verde”, detalhou Prates, se referindo a produtos ambientalmente mais sustentáveis.

“É um plano de revitalização da Petrobras, que assegura não só o presente, como lança bases do futuro da companhia”, completou.

O presidente da Petrobras disse que no novo PE, refinarias serão transformadas em parques industriais, e a produção de fertilizantes, incluindo Ansa e UFN III, ganhará destaque. US$7,5 bilhões serão destinados à exploração de petróleo e US$3,1 bilhões à Margem Equatorial, que aguarda autorizações ambientais.

“Nós não vamos mais vender refinarias. Pelo contrário, vamos investir nelas para que se tornem um parque industrial, cada uma delas”, prometeu Prates.

Além disso, a estatal busca parceria para manter em operação as fábricas de fertilizantes de Sergipe e Bahia, que estão arrendadas para a Unigel.

A intenção é manter as plantas produzindo sob encomenda para a própria estatal por até 1 ano e, depois, buscar outra forma de funcionamento, seja uma joint venture ou incorporação.