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Positivo (POSI3) decide rivalizar com Intelbras (INTB3): quem vai se sair melhor?

Empresa vai fornecer soluções para empresas, escolas, condomínios e residências em todo o país, no âmbito do mercado de segurança eletrônica voltado para o canal B2B

- Logotipo da Positivo - Divulgação
- Logotipo da Positivo - Divulgação

A Positivo (POSI3) anunciou, na última terça-feira (13), durante sua participação na ExpoSeg 2023, a entrada no mercado de segurança eletrônica voltado para o canal B2B.

A empresa vai fornecer soluções para empresas, escolas, condomínios e residências em todo o país, numa evolução do negócio iniciado antes da pandemia de Covid-19 com a Positivo Casa Inteligente, que oferecia dispositivos de automação e segurança para consumidores finais.

Enquanto a Positivo Casa Inteligente seguia o modelo “Faça você mesmo” (Do it yourself), no segmento B2B, o conceito torna-se “Faça para mim” (Do it for Me), com projetos mais especializados que exigem a participação de profissionais.

A entrada nesse novo segmento B2B se alinha à estratégia de diversificação definida cerca de cinco anos atrás, declarou a cúpula. Inicialmente, os produtos serão importados, mas a empresa planeja iniciar a fabricação em Manaus(AM) no segundo semestre deste ano.

A Positivo anunciou um amplo portfólio de soluções de automação e segurança eletrônica, incluindo dispositivos de circuito fechado de televisão (CFTV) analógicos e digitais, uma linha completa de câmeras, gravadores, sistemas de videomonitoramento, centrais de alarme, sensores de detecção de intrusão, roteadores, switches e acessórios para sistemas de segurança.

Atualmente, esse mercado movimenta cerca de R$ 11,0 bilhões por ano, com um crescimento anual de 15%, de acordo com a ABESE (Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança).

Quais empresas a Positivo precisa driblar?

Analistas da XP Investimentos veem o movimento como uma possível avenida de crescimento importante para a empresa.

Contudo, Bernardo Guttmann e Marco Nardini citam que o maior desafio da Positivo vai ser estabelecer novas parcerias com revendedores e integradores, dado a dominância da Intelbras (INTB3) com 50% de market share e uma rede de distribuição diferenciada e bem estabelecida, o que gera uma barreira relevante a novos entrantes nesse canal.

Eles pontuam que outros players relevantes do setor, como Multi (MLAS3) e Weg (WEGE3), também tentam expandir sua presença nesse mercado, mas ainda não possuem uma rede dominante e muito capilar.

Atualmente, a Intelbras dispõe de uma sólida rede de distribuição composta por aproximadamente 370 distribuidores e 80 mil revendedores, e cobre 99,0% dos municípios brasileiros com demanda potencial.

A Intelbras possui uma vantagem competitiva significativa e estabeleceu uma relação duradoura com essa rede, o que pode ser uma barreira para novos concorrentes.

Para auxiliar nessa construção de rede, a Positivo lançou um programa de canais para atrair instaladores.

Recomendações

Nesse sentido, a XP mantém recomendação de compra para as ações de Positivo (POSI3), com preço-alvo de R$ 16,00 – o que implica em um potencial de valorização de 107,52% sobre a cotação atual.

Mantém ainda recomendação de compra para as ações de Intelbras (INTB3), com preço-alvo de R$ 42,00 – o que implica em um potencial de valorização de 56,02% sobre a cotação atual.

Reiterou recomendação de compra para as ações de Weg (WEGE3), com preço-alvo de R$ 45,00 – o que implica em um potencial de valorização de 20,48% sobre a cotação atual.

E, por fim, ressalta recomendação de compra para as ações de Multi (MLAS3), com preço-alvo de R$ 6,00 – o que implica em um potencial de valorização de 145,90% sobre a cotação atual.