O Santander (SANB11) registrou um lucro líquido gerencial de R$ 2,14 bilhões no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 46,6% em relação ao reportado um ano antes e uma expansão superior a 26% em relação aos três meses anteriores.
O resultado superou as projeções do consenso de mercado calculadas por Bloomberg, que apontavam ganhos na ordem de R$ 1,9 bilhão para a instituição.
O índice de retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) finalizou o período em 10,6%.
A margem financeira líquida recuou 31,6% em um ano, a R$ 6,380 bilhões no primeiro trimestre deste ano.
Já a carteira de crédito somou R$ 500,314 bilhões ao fim de março, um crescimento de 9,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O CEO do banco, Mário Leão, comentou que o Santander passou a adotar uma abordagem seletiva para empréstimos desde o fim do quarto trimestre de 2022 e, com isso, conseguiu crescer o portfólio em áreas estratégicas, “principalmente em financiamento de automóveis, consignado e imobiliário, ao mesmo tempo em que melhoramos nossa margem com clientes por meio de uma maior transacionalidade”.
Na avaliação dos analistas Gabriel Pucci e Silvio Dória, do Banco Safra, o Santander apresentaria resultados ainda mais fracos, com outra queda acentuada na linha de fundo ano a ano, com a parte de trás do NII ainda negativa com o mercado e deterioração da qualidade do crédito.
Para a divisão brasileira da instituição espanhola, projetavam uma queda de 51,0% nos lucros em relação ao ano anterior.
Recomendações
- – SANB11: neutra – preço-alvo: R$ 35,00.