Investidores iniciantes

Vai começar a investir em 2021? Conheça mitos e verdades sobre as aplicações financeiras

-
-

Os últimos dados divulgados pela B3, a bolsa de valores brasileira, indicam que cada vez mais pessoas têm se interessado pelos investimentos: a quantidade de investidores ativos quase dobrou em um ano, passando de 1,6 milhão, em 2019, para 3,2 milhões em 2020. 

Quem está começando a investir ou tem interesse em se aprofundar mais no tema geralmente fica cheio de dúvidas sobre o mercado de renda variável e prefere partir para opções mais conservadoras, como as aplicações em renda fixa e fundos de investimentos.

“Os investimentos ainda são uma novidade para muitas pessoas. Buscar uma instituição financeira confiável e a ajuda de um especialista são medidas essenciais para fazer as escolhas certas e alcançar a melhor rentabilidade”, explica a gerente de desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi, Adriana França. 

Segundo a especialista, para quem está começando a investir é importante buscar fontes adequadas para evitar ilusões e alguns mitos. Confira abaixo quais informações amplamente divulgadas sobre investimentos, especialmente no fim do ano, são reais e quais ainda precisam ser desmistificadas.

1. É necessário reunir grandes quantias para começar a investir

Mito. Para a especialista, independente do valor, o importante é começar. “Existem boas opções para iniciar uma carteira de investimentos com um poucos recursos por mês, como a poupança. Mesmo sem ter grandes volumes, alguns investidores preferem diversificar a carteira, aplicando uma pequena quantia em cada produto e visando maior rentabilidade”, comenta. 

2. Sacar investimento no fim do ano evita que conste no IR

Mito. De acordo com a Receita Federal, os resgates não isentam as declarações por parte dos investidores. “O contribuinte precisa lançar todas as suas aplicações financeiras na declaração do Imposto de Renda, mesmo que tenha feito a retirada ao longo do ano. O fato gerador do IR é o resgate. Por isso, o saque nos últimos meses do ano não garante nenhum benefício”, explica Adriana. 

3. Vou perder dinheiro se sacar a aplicação no fim do ano 

Verdade. Caso o investidor opte por resgatar a aplicação financeira no fim do ano e reaplicar no ano seguinte, perderá o benefício da redução do IR. “As alíquotas do Imposto de Renda sobre depósitos a prazo e os fundos de renda fixa, multimercados ou cambial são decrescentes, de acordo com a permanência da aplicação. Quanto maior o tempo de permanência dos recursos, sem resgates, menor a alíquota do IR e, portanto, maior a remuneração para o investidor”, explica a especialista.

4. Instituições financeiras informam as movimentações à Receita Federal 

Verdade. Todas as instituições financeiras, incluindo as cooperativas de crédito, precisam informar anualmente os valores de IR retidos na fonte, incidentes sobre o ganho em aplicações financeiras resgatadas. “As instituições financeiras também apresentam semestralmente a E-Financeira, com informações sobre operações em contas de depósito à vista, a prazo, poupança, operações de câmbio, consórcios ou fundos de investimentos”, finaliza Adriana.

Com informações da Central Press