sexta, 29 de março de 2024
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Helbor deve sofrer impacto negativo em suas ações com follow-on

30 setembro 2019 - 14h03Por Eduardo Guimaraes
Nesta segunda-feira (30), antes da abertura dos mercados, a incorporadora Helbor confirmou a realização de uma oferta de ações (follow-on) restrita com a emissão de 156,5 milhões de novas ações ordinárias da companhia. Ao preço de fechamento de sexta-feira (2,64 reais), a operação totaliza 413,3 milhões de reais. A oferta de ações é restrita aos investidores institucionais, investidores profissionais e atuais acionistas, que têm prioridade (sem direito de preferência) e período sem poder negociar a novas ações (lockup) de 90 dias. O período de reserva da oferta começa hoje e vai até 8 de outubro, com definição de preço da oferta em 10 de outubro. Cada acionista poderá subscrever entre 0,346253 e 0,467442 ação. As ações da Helbor acumularam valorização de +74,8% em 2019 e alta de +158,8% nos últimos 12 meses. Esperamos impacto negativo no preço das ações da Helbor (HBOR3) nesta segunda-feira, movimento normal de realização de lucros e efeito da esperada diluição (25%) dos acionistas que não aderirem à oferta de ações. Entretanto, as ações (HBOR3) fecharam em forte queda de 4,35% na sexta-feira (27), o que pode amenizar a perda no pregão de hoje. Com a oferta de ações, a Helbor irá resolver o seu principal problema: alto nível de endividamento, com relação dívida líquida sobre patrimônio líquido de 128% em junho de 2019. Após a oferta, a relação dívida líquida/PL deverá ser reduzida para 67%. O setor imobiliário acelerou o processo de ofertas de ações no mercado em 2019: Tecnisa, Trisul e Eztec já concluíram as suas ofertas de ações (follow-on) e outras empresas podem fazer follow'on's: Cyrela Commercial Properties (CCPR3), Even (EVEN3), com os IPO's das construtoras Kallas, Cury e Moura Dubeux. O setor de construção civil tem ciclo de negócios bastante longo está em trajetória de recuperação, com destaque para as empresas do segmento de média e alta renda. A recuperação dos lançamentos e vendas, maiores perspectivas de crescimento e oferta de crédito imobiliário têm suportado um cenário mais positivo para o setor depois de um longo tempo.