Investimentos de risco/">alto risco, normalmente, atraem a atenção das pessoas em virtude de seu grande potencial de rentabilidade, ou seja, da chance de ganhar muito. O problema é que muitas pessoas focam nisso e se esquecem que podem, também, perder muito dinheiro. Nesta Spacedica, você entenderá o que são investimentos de alto risco, quais são as principais vantagens e desvantagens do modelo e como é possível avaliar os riscos associados a eles. Boa leitura!
O que são investimentos de risco?
Para começar, é necessário saber que não há aplicações financeiras sem riscos. Mesmo a conhecida caderneta de poupança também tem a segurança limitada. O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) assegura o dinheiro dos consumidores até 250 mil reais, caso a instituição venha a falir. Ou seja, o risco de uma aplicação não deve ser visto como um problema, desde que a pessoa tenha total ciência disso e esteja preparada para fazer o melhor gerenciamento possível. No mundo dos investimentos, há produtos com diversos graus de incerteza de retorno. Ele se altera, também, de acordo com perfil e experiência do investidor. Quem não tem muita experiência, por exemplo, terá maior risco em qualquer tipo de investimento em renda variável e até mesmo em alguns de renda fixa. Outras questões também precisam ser avaliadas, como:- a empresa que é responsável pela custódia, uma vez que ela pode falir;
- variações de mercado, como taxa de juros, aumento de tributos e inflação.
- aplicações em renda variável, uma vez que a variação pode ser tanto positiva quanto negativa;
- falta de movimentação diária, ou seja, falta de liquidez;
- papéis de empresas pouco conhecidas ou que estejam com dificuldades financeiras;
- ações em mercados muito voláteis.
Quais são as desvantagens das ações de alto risco?
Em contraponto às blue chips, ações de grandes empresas que têm reputação no mercado e oferecem grande liquidez, os papéis conhecidos como "micos", por sua vez, representam ações que normalmente ficam paradas, uma vez que vêm de empresas em recuperação judicial, falidas ou sem a transparência necessária. Por tudo isso, a liquidez dos "micos" é prejudicada. Ou seja, caso um mico seja adquirido pelo investidor, será difícil vender. Além disso, o que vale para qualquer tipo de ação, em caso de perdas, o capital será perdido. Para iniciantes, a aposta deve ser em longo prazo, o que desvia o foco daqueles que desejam ou precisam do dinheiro em curto prazo.E as vantagens?
Você já deve ter visto várias pessoas que investem em ação. Isso significa que há medidas para diminuir o risco ou vantagens que sejam maiores que as desvantagens. Se o risco de perder tudo é alto, também é possível ganhar muito dinheiro com essas ações. Um exemplo de "mico" que trouxe rendimentos para vários investidores foram os papéis da Mundial, que fabrica alicates e tesouras, cuja cotação cresceu quase 3.000% em poucos meses. Com isso, muitas pessoas venderam diversos bens para comprar os ativos. As pessoas que compraram, em março de 2011, R$ 100 mil em ações da Mundial e conseguiram vendê-las em julho do mesmo ano, alcançaram quase R$ 3 milhões. Talvez você se pergunte se essa estratégia não é a melhor a ser seguida. O problema é que empresas com pouca transparência e fundamentos sólidos para crescimento não conseguirão ter bons resultados por muito tempo. Ou seja, a bolha pode estourar e fazer com que essa pessoa perca o dinheiro. Além disso, em caso de fraudes e manipulação, a CVM pode agir.Como analisar os investimentos e reduzir riscos?
Para começar, é necessário analisar o perfil de investidor de cada um. No caso dos mais conservadores, utilizar-se dos "micos" é praticamente proibido. Entretanto, há possibilidades que não representam irresponsabilidade, podendo trazer bom retorno ao investidor. Para conseguir bons resultados, é necessário reunir algumas características fundamentais, como:- ter experiência sobre o funcionamento do mercado financeiro;
- ter tolerância à volatilidade apresentada pelas cotações;
- ser estável profissional e financeiramente;
- contar com bom volume acumulado de patrimônio;
- conseguir investir de maneira diversificada;
- focar em operações com maior arrojo para multiplicar o patrimônio.