Por Christiana Sciaudone, da Investing.com – A Walt Disney Company (SA:DISB34) (NYSE:DIS) disparou mais de 15% a US$ 178,87 para o maior patamar da história após anunciar a estreia de novas séries e filmes, incluindo os favoritos das sagas Star Wars e Marvel, à plataforma de streaming Disney+.
O novo serviço, que estreou este ano, superou as projeções da própria empresa com quase 87 milhões de assinantes – até ano passado, a Disney esperava que a plataforma alcançasse entre 60 milhões e 90 milhões de assinaturas até este momento, de acordo com a CNBC.
A previsão é que a plataforma tenha de 230 milhões a 260 milhões de assinantes até 2024. Em comparação, a Netflix (SA:NFLX34) (NASDAQ:NFLX) registrou 195 milhões de assinantes no terceiro trimestre e a HBO Max, 12,6 milhões.
A Disney aumentará o custo do Disney+ em US$ 1, para US $ 7,99, nos EUA, e em 2 euros na Europa, para 8,99 euros. Ainda assim, mesmo com milhões de novos assinantes e um aumento no preço, a empresa dificilmente compensará as perdas decorrentes do fechamento dos parques temáticos durante a pandemia.
A companhia informou que seu segmento de parques, experiências e produtos afundou 61% no último trimestre, sendo que antes da pandemia, era o maior contribuinte para a receita. As redes midiáticas, em contraste, aumentaram 11%, o que não chega nem perto de diminuir o estrago causado pelas paralisações.
Analistas desde o Guggenheim até o Bank of America (NYSE:BAC) terem ficado satisfeitos com os anúncios e premiaram a casa do Mickey Mouse com aumentos de preços-alvo.
O Goldman Sachs (NYSE:GS) deu à Disney uma projeção de preço elevado, de US$ 200, considerando a alta nas previsões de longo prazo para os assinantes e da receita com o aumento das assinaturas entrando em vigor em 2021, de acordo com o StreetInsider. As ações eram negociadas nesta sexta-feira a US$ 173,74.
Brett Feldman, analista do GS, também citou os planos da empresa de continuar lançando inicialmente os principais filmes de franquia como Star Wars e Marvel nos cinemas.
No início deste mês, a Disney anunciou que iria demitir 4.000 funcionários até o final de março de 2021, além dos 28.000 funcionários que começaram a receber notificações em outubro, relatou o The Guardian. A maioria dos cortes de empregos vem do comparecimento limitado e do fechamento contínuo dos parques temáticos.