Ações

Ações da PetroReconcavo (RECV3) sobem 3%, com possível fusão com Eneva (ENEV3)

União de negócios representa uma estratégia para criar uma entidade mais robusta e competitiva, avalia analista da RB Investimentos

Ações da PetroReconcavo (RECV3) sobem 3%, com possível fusão com Eneva (ENEV3)

As ações da PetroReconcavo (RECV3) registram uma alta acentuada nesta quarta-feira (24), após circular notícia de que a Eneva (ENEV3) e a companhia estão conversando sobre uma possível fusão de negócios. 

Por volta das 12:35, os papéis apresentavam 3,03% de ganhos, cotados a R$ 21,74.

Segundo fontes ouvidas pelo Valor Econômico, o interesse da Eneva está no acesso ao gás.

As conversas ocorrem em um momento em que as empresas “júnior oils” se preparam para um processo de consolidação do setor.

O valor de mercado da Eneva na B3 é de R$ 19,4 bilhões, ao passo que a da PetroReconcavo é de R$ 6 bilhões. A transação na mesa mais provável seria por troca de ações, segundo fontes.

Para Gustavo Cruz, analista da RB Investimentos, a consolidação de empresas no setor de petróleo, especialmente entre as companhias júnior, é um fenômeno que reflete as dinâmicas do mercado e as políticas governamentais do atual governo.

"A fusão entre a Eneva e a 3R, por exemplo, representa uma estratégia para criar uma entidade mais robusta e competitiva, capaz de operar com maior eficiência e explorar sinergias operacionais e financeiras", comenta.

No entanto, o especialista destaca que a complexidade dessas operações exige uma gestão cuidadosa para evitar a perda de processos e a diluição de sinergias.

"A recente fusão proposta entre a Enauta (ENAT3) e a 3R (RRRP3), que prevê a incorporação das ações da Enauta pela 3R, é um exemplo de como as empresas estão buscando fortalecer suas posições no mercado", destaca Cruz.

As ações ENEV3, por sua vez, registram queda de 0,24% a R$ 12,42. 

A empresa, anteriormente, havia proposto fusão com a Vibra (VBBR3), mas não conseguiu chegar em um acordo e a Vibra descartou a união de negócios.