Apesar de apresentar um lucro estrondoso de R$ 9,5 bilhões no terceiro trimestre de 2024, o Banco do Brasil (BBAS3) vê uma derrubada em suas ações nesta quinta-feira (14). Por volta das 10:40, os papéis caiam 4% a R$ 24,92.
O motivo? O aumento expressivo nas provisões para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) é um sinal de deterioração da qualidade dos ativos, especialmente no setor do agronegócio, que é um dos pilares do Banco do Brasil.
Para a Genial Investimentos, essa deterioração mais rápida que o esperado no fluxo de caixa dos produtores rurais, particularmente na soja, pode gerar preocupações sobre a capacidade de recuperação desses créditos, impactando a percepção de risco do banco.
Além disso, a revisão para cima das projeções de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD), de R$ 34 bilhões para R$ 37 bilhões, indica, conforme a Genial, que o banco espera maiores despesas com inadimplência, o que pode prejudicar os lucros no curto prazo.
A casa observa que esse ajuste sugere um cenário mais desafiador para o quarto trimestre, com a necessidade de uma redução substancial nas provisões para que o banco atinja o ponto médio da nova projeção.
Nesse sentido, a Genial também observa que o aumento no índice de inadimplência no terceiro trimestre, especialmente nos segmentos de Agronegócio e Pessoa Física, também pode gerar incertezas sobre a capacidade do banco em manter sua rentabilidade e se o aumento da inadimplência será uma tendência para o futuro.
Segundo a casa, o banco precisará lidar com isso para evitar maiores pressões sobre suas provisões e sobre a qualidade dos ativos.
Apesar disso, a recomendação da Genial é de compra para os papéis BBAS3, com preço-alvo de R$ 34,00.