O Safra realizou uma rodada de conversas com a equipe de gestão da AES Brasil (AESB3) para discutir estratégias da companhia e especificidades do setor.
O grupo AES parece estar ainda focado em ativos renováveis, onde o Brasil deve ter um papel fundamental, na visão do banco.
Dentre os destaques operacionais, a empresa compartilhou a lógica por trás do fechamento recente de contratos de energia, oportunidades futuras para comercialização de energia e progresso da recuperação de projetos adquiridos recentemente.
A AES Brasil está totalmente contratada entre 2023-2025 e o Safra acredita que a empresa tentará replicar a estrutura de contratos de energia em negociações futuras.
Na visão do banco, a companhia segue com a mesma estratégia já relatada antes, com foco nos projetos que já estão em andamento e analisando possíveis oportunidades de crescimento.
"Acreditamos que o início comercial dos projetos renováveis em desenvolvimento melhorará a geração de caixa causando um processo natural de desalavancagem; no entanto, continuamos a ver esses níveis como um risco importante para a tese de investimento, que combinados com a valorização atual, justificam a nossa avaliação", pontuam os analistas do Safra em relatório.
Para a instituição, a rentabilidade da empresa nos próximos anos dependerá da eficiência do capex e da dinâmica dos preços de mercado, à medida que a empresa desenvolve seu pipeline.
Neste sentido, o Safra mantém recomendação neutra para as ações AESB3, com preço-alvo de R$ 10,80, o que implica uma queda no preço atual das ações.
Nesta segunda-feira (19), os papéis ordinários da AES recuavam 0,65%, a R$ 12,16, por volta de 11:23.