A AgroGalaxy (AGXY3) finalmente revelou, na última terça-feira (22), os resultados do quarto trimestre de 2024, após atrasar o balanço por um mês depois de ter feito uma demissão em massa na sua estrutura corporativa.
No período, a companhia teve um prejuízo líquido ajustado de R$ 292,4 milhões, revertendo o lucro de R$ 107,9 milhões registrado no mesmo período de 2023.
No acumulado do ano, a companhia marcou um prejuízo líquido ajustado de R$ 2,5 bilhões, ante uma receita de R$ 4,6 bilhões.
Só no quarto trimestre, receita líquida despencou de R$ 2,4 bilhões para R$ 741 milhões, uma queda de mais de 69%.
O EBITDA (lucro antes juros e amortizações) ajustado também veio negativo em R$ 206,2 milhões, contra um dado positivo de R$ 281,7 milhões um ano antes.
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Apesar da tempestade, a empresa tem buscado alternativas para manter a liquidez. Passou a vender à vista com desconto e pressionou produtores capitalizados a anteciparem pagamentos em troca de abatimentos.
A estratégia, segundo a direção, ajudou a gerar caixa em um momento de fragilidade extrema.
Ao longo de 2024, a AgroGalaxy viu o EBITDA ajustado anual afundar para um resultado negativo de R$ 1,6 bilhão.
Sem os efeitos não recorrentes ligados à recuperação judicial, o prejuízo operacional teria sido bem menor, de R$ 589 milhões. “A maior parte desses ajustes não impactou o caixa”, explicou o CFO Luiz Conrado Sundfeld.
Na conta entram provisões para calotes, multas por rompimento de contratos de grãos e aluguel, estoques vencidos, lojas fechadas e até reestruturações de dívidas com produtores rurais. “São efeitos típicos de uma operação interrompida de forma abrupta, com potencial de reversão no futuro”, destacou Sundfeld.
