Marcelo da Silva Nunes, ex-diretor financeiro da Lojas Americanas (AMER3), revelou que tentou reduzir fraudes na empresa em 2020, mas a iniciativa foi abortada para não prejudicar a imagem da empresa.
Nunes e Flávia Pereira Carneiro Mota, ex-chefe da controladoria da B2W, estão colaborando com as investigações sobre a fraude contábil na Americanas, em delações a Polícia Federal (PF).
Segundo os ex-executivos da varejista, as fraudes eram para manter a imagem positiva da empresa e garantir bônus aos executivos.
As declarações de Nunes e de Flávia revelam como as fraudes aconteceram na empresa de varejo durante mais de uma década.
Os depoimentos serviram de base para o inquérito que resultou na Operação Disclosure, da PF, que cumpriu 15 mandatos de busca e apreensão nas casas de suspeitos de participar de esquema de falsificação dos balanços da varejista.
Diante de tudo isso, a Americanas afirma ser vítima das fraudes, que resultaram em um rombo inicial de R$ 25 bilhões, mas que hoje já soma mais de R$ 50 bilhões, e aguarda a conclusão das investigações para responsabilizar os envolvidos.