Dois anos após escândalo explodir

Americanas (AMER3): Itaú e Santander consentiram com fraude, diz delator — MPF afirma que números foram manipulados 38 vezes

Entre os principais acusados está Miguel Gutierrez, ex-CEO da companhia, apontado como o principal articulador do esquema

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Americanas (AMER3): Itaú e Santander consentiram com fraude, diz delator — MPF afirma que números foram manipulados 38 vezes

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou treze ex-executivos e ex-funcionários da Americanas (AMER3) por fraudes contábeis que somam R$ 25 bilhões. Entre os principais acusados está Miguel Gutierrez, ex-CEO da companhia, apontado como o principal articulador do esquema.

De acordo com a denúncia, Gutierrez estava ciente de todas as fraudes praticadas, a sugerir alterações nos balanços financeiros.

O MPF afirma que o executivo, junto a outros denunciados, manipulou os números da empresa por vinte e oito vezes para inflacionar artificialmente o valor das ações da Americanas (AMER3) e suas subsidiárias.

As investigações seguem em andamento, e o caso pode resultar em penalidades severas para os envolvidos.

O ex-diretor financeiro da Americanas (AMER3), Fabio Abrate, em sua delação premiada, acusa ainda grandes bancos, entre eles Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11), de colaborarem intencionalmente para ocultar informações sobre as dívidas da empresa por meio do mecanismo de risco sacado, central nas fraudes contábeis da companhia.

Abrate afirma que os bancos consentiram com o desvirtuamento dessas operações ao longo do tempo. Ele foi o terceiro ex-executivo da Americanas (AMER3) a firmar acordo de colaboração com o Ministério Público Federal (MPF), após Flávia Carneiro e Marcelo Nunes.

As informações são do jornal O Globo.