Balanços

Americanas (AMER3), Magalu (MGLU3) ou Via (VIIA3): quem vai se sair melhor na temporada de balanços?

Genial Investimentos, Itaú BBA e XP projetam prejuízos líquidos para as varejistas

- Marcello Casal Jr/Agência Brasil
- Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Às 16:10 desta quinta-feira (10), as ações de Americanas (AMER3) despencavam 7,56%, ao preço de R$ 12,85. A concorrente Via (VIIA3) desabava 11,43%, ao valor de R$ 2,48, enquanto a rival Magazine Luiza (MGLU3) amargava perdas de 12,30%, cotada a R$ 3,92 por ação. 

As ações eram penalizadas pelas incertezas fiscais no futuro governo Lula (PT), em um dia de pouca clareza para as diretrizes econômicas e de escolha de nomes polêmicos como o de Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, para auxiliar o núcleo técnico de Planejamento e Gestão da transição política.

As grandes varejistas brasileiras de e-commerce divulgarão seus números financeiros referentes ao terceiro trimestre nesta quinta-feira (10), após o fechamento dos mercados.

Para o Itaú BBA, o Magazine Luiza (MGLU3) deve registrar uma queda anual de 4% nas vendas em mesmas lojas (SSS), um volume bruto de mercadorias online (GMV online) a R$ 10,2 bilhões entre julho e setembro e um prejuízo líquido de R$ 119,0 milhões.

Na avaliação de Genial Investimentos, a Via (VIIA3) vai apurar perdas líquidas de R$ 222 milhões. Analistas aguardam que a varejista mantenha a tendência de crescimento para o GMV de lojas físicas que ainda vai faturar abaixo do patamar observado no terceiro trimestre pré-pandemia de Covid-19 (R$ 5,4 bilhões).

Eles projetam um lucro operacional ajustado de R$ 467,0 milhões e uma margem EBITDA ajustada de 6,70% entre julho e setembro.

Por fim, a XP Investimentos projeta que a Americanas (AMER3) surpreenda negativamente. De acordo com o material da corretora, a rentabilidade deve ser pressionada pela alavancagem operacional, e levar a uma queima de caixa no período.

Analistas estimam um prejuízo líquido de R$ 344 milhões, com uma retração de 13,6% em um ano nos indicadores de receita líquida e recuo de 24,1% no EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado em doze meses.