A XP reiterou sua recomendação neutra para o Magazine Luiza (MGLU3), após a companhia reportar resultados que vieram abaixo das estimativas.
Entretanto, analistas não cortaram o preço-alvo para a empresa e projetam a ação negociada a R$ 12,00 ao fim de 2022, o que implicaria em uma valorização de 125% dos papéis mediante o fechamento de segunda-feira, 14 (R$ 5,33).
A posição neutra, diz a XP, se justifica por uma espera da continuidade de resultados pressionados pelo cenário macroeconômico desafiador a curto prazo.
Entre outubro e dezembro, a dinâmica de crescimento da receita ainda foi atingida pela fraca performance das lojas físicas frente a deterioração do cenário macroeconômico e seu impacto na demanda de bens duráveis.
O GMV (volume bruto de mercadorias) Total registrou uma alta de 4%, mas o GMV das lojas físicas caiu 18%. O canal on-line avançou 17,0% no período – alta de 60% na comparação com os últimos três meses de 2020.
No quarto trimestre, o Magazine Luiza reportou ainda uma despesa não recorrente de R$ 249 milhões. Já a provisão de estoques, de R$ 395 milhões, antecipou contabilmente um efeito futuro de pressão de margem.
Mas a companhia também deu uma maior abertura da diversificação de produtos em sua plataforma, e novas categorias somaram 45% das vendas do e-commerce em 2021, com destaque para:
i) R$ 4bi de GMV do KaBum!;
ii) R$ 1bi de GMV da Época Cosméticos;
iii) R$ 1.3bn do AiQFome; e
iv) R$ 5bn em Netshoes/Moda.
A XP destaca também o avanço da agenda ESG da companhia e os principais destaques são:
i) inclusão nos índice ISE, da B3;
ii) 52% dos funcionários se declaram pretos/pardos, sendo 41,5% em cargos de liderança;
iii) Promoção do LuizaCode, programa de aceleração só para mulheres na área de desenvolvimento e software; entre outras.