O varejo alimentar foi altamente competitivo nos últimos trimestres no Brasil e a situação não seria diferente para o Assaí (ASAI3), uma das principais empresas do ramo.
As ações da companhia operam em queda nesta quinta-feira (14). Por volta das 12:37, os papéis caiam 0,28%, a R$ 7,06.
Durante o Investor Day realizado pela empresa, a equipe de gestão, incluindo o CEO Belmiro Gomes e o CFO Vitor Fagá, discutiram as perspectivas do setor e da empresa.
Uma das principais iniciativas é a diminuição do número de novas lojas planejadas para 2025, de 20 para 10, e a redução do capital de investimento (CAPEX) de R$1,8 bilhão para R$1,1 bilhão.
Além disso, a empresa aposta na otimização das 120 lojas abertas nos últimos cinco anos, incluindo as conversões dos hipermercados Extra.
Também está investindo em novos serviços dentro de suas lojas, como açougues, padarias e self-checkouts, que representam R$4 bilhões em vendas.
Projeções do Assaí para os próximos anos
O Assaí ajustou suas expectativas para os anos de 2025 e 2026. A previsão é que a empresa abra cerca de 10 novas lojas em 2025, uma redução significativa em relação ao planejamento inicial de 20 novas unidades.
A meta é alcançar uma alavancagem de 2,6x em 2025, com a expansão do EBITDA e a redução da dívida líquida. O investimento previsto para o próximo ano é de R$1-1,2 bilhões.
Mercado saturado
O mercado de atacado no Brasil, especialmente em grandes centros urbanos, está cada vez mais saturado, segundo a análise do BTG Pactual.
No entanto, a Assaí mantém uma participação de mercado de 32% no formato cash-and-carry.
A empresa também revelou que 44% de suas vendas no formato B2C vêm das classes A e B, um indicativo de que o Assaí tem se tornado uma opção popular entre consumidores de maior poder aquisitivo.
O BTG PACTUAL manteve sua recomendação de “Compra” para as ações da empresa, com preço-alvo de R$ 11,00, com um potencial de valorização de 52,6% nos próximos 12 meses.