Após balanço

Auren Energia (AURE3) avança na integração da AES Brasil e anuncia projeto eólico Cajuína 3

Apesar dos avanços operacionais, a empresa registrou um prejuízo líquido de R$ 363,6 milhões no quarto trimestre de 2024

Auren (AURE3)
Auren (AURE3)

A Auren Energia (AURE3), controlada por Votorantim e CPP Investments, avança na integração da AES Brasil (AESB3), após a aquisição que consolidou a companhia como a terceira maior geradora de energia do Brasil.

Apesar dos avanços operacionais, a empresa registrou um prejuízo líquido de R$ 363,6 milhões no quarto trimestre de 2024, em uma reversão ao lucro de R$ 220,2 milhões obtido no mesmo período do ano anterior.

O desempenho financeiro da Auren Energia em 2024 foi afetado pelos custos iniciais da integração da AES Brasil, uma transação avaliada em R$ 7,0 bilhões.

Esse movimento elevou o custo financeiro da companhia, que pressionou os resultados no curto prazo.

🔹 No acumulado do ano, a empresa registrou um prejuízo líquido de R$ 32,6 milhões, contra um lucro de R$ 15,6 milhões no ano anterior.

🔹 O EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no quarto trimestre de 2024 somou R$ 889,8 milhões, uma queda de 12,70% na base de comparação anual.

🔹 No acumulado de 2024, o EBITDA totalizou R$ 3,310 bilhões, um recuo de 5% em relação ao ano anterior.

Os executivos da Auren Energia destacaram que, em apenas dois meses desde a conclusão da aquisição, a empresa já alcançou:

Economia de R$ 43,50 milhões em custos administrativos e operacionais (PMSO).
Reativação de trinta e sete turbinas eólicas que estavam inoperantes nos parques adquiridos da AES Brasil.


Cajuína 3 representa a expansão da geração eólica de Auren Energia (AURE3) na região Nordeste

A Auren Energia anunciou a construção do complexo eólico Cajuína 3, que adiciona 112 megawatts (MW) de potência ao cluster localizado no Rio Grande do Norte.

Segundo Zanfelice, o novo empreendimento aproveita a infraestrutura local existente, reduz custos e garante um retorno atrativo, mesmo diante de um cenário desafiador para novos projetos de energia renovável no Brasil.

A empresa pretende iniciar as obras ainda em 2025, com entrada em operação prevista para dezembro de 2026.


Impacto dos cortes de geração renovável pelo ONS

Os cortes de geração renovável impostos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em 2024 impactaram negativamente os parques eólicos da AES Brasil, agora incorporados à Auren Energia.

O CEO da empresa revelou que o impacto líquido da medida foi de aproximadamente R$ 120 milhões, já considerados os eventuais ressarcimentos e ganhos obtidos com outras operações de modulação de geração.

Para 2025, espera-se que os cortes sejam menos concentrados e tenham impacto reduzido, e que tragam uma perspectiva mais estável para o setor.

As informações são de Reuters.