Na última terça-feira, 24 de setembro, a agência de classificação de risco Fitch anunciou um rebaixamento significativo nos ratings de longo prazo de Azul (AZUL4).
Razões para o rebaixamento dos ratings de Azul (AZUL4)
De acordo com a Fitch, o rebaixamento dos ratings da companhia reflete um aumento no risco de refinanciamento da Azul e um perfil de fluxo de caixa consideravelmente mais fraco, especialmente em meio à depreciação do real.
A agência enfatizou que esses fatores comprometem a capacidade da empresa em sustentar sua estrutura de capital e a geração de caixa.
“A Fitch acredita que a probabilidade de a empresa conseguir levantar o financiamento necessário para melhorar materialmente sua estrutura de capital e-ou seu perfil de fluxo de caixa neste momento foi reduzida”, declarou a agência.
Desafios financeiros para a Azul (AZUL4)
A companhia aérea brasileira tem enfrentado desafios financeiros significativos, exacerbados pela volatilidade econômica e pela desvalorização da moeda local.
A crise global e as mudanças nas condições de mercado impactaram diretamente o setor aéreo, o que resulta em dificuldades operacionais e financeiras.
Impacto da depreciação do Real
Com uma parte significativa de suas despesas atreladas à moeda estrangeira, a companhia enfrenta uma pressão adicional sobre suas margens de lucro, o que torna o fluxo de caixa ainda mais crítico.
Ainda vale a pena investir nas ações da Azul (AZUL4)?
Além disso, o banco destacou que os arrendamentos de aeronaves se tornaram uma preocupação significativa, especialmente após o término do período de carência para o exercício da dívida conversível.
“As condições atuais do mercado são menos favoráveis do que as estabelecidas no acordo anterior, que tinha um preço de exercício de R$ 36,00, muito superior ao valor de mercado atual das ações”, destaca o BTG.